sábado, 24 de dezembro de 2011

Símbolos do Natal: A Árvore de Natal




Uma antiga lenda põe Martinho Lutero como o criador deste símbolo do Natal, usado durante muito tempo pelos protestantes em oposição ao presépio dos católicos. Porém, um pouco mais de pesquisa indica que o uso de árvores como símbolos do divino é algo bem anterior ao próprio cristianismo.


Na mitologia, são apontados bosques sagrados em cujo centro estava uma árvore consagrada a um deus ou mesmo tratada como deusa. Um exemplo disto é o loureiro, apontado como a árvore sagrada de Apolo; em Roma, o abeto era considerado divino, e até a Sagrada Escritura recrimina a plantação de árvores sagradas (Dt 16, 21), pois embaixo destas eram celebrados cultos aos deuses pagãos (I Reis 14, 23). Atualmente, algumas religiões africanas ainda adoram árvores, considerando-as sagradas.

Uma história muito antiga aponta como a árvore de Natal foi incorporada aos costumes cristãos. Ao chegar na em uma aldeia da Germania, atual Alemanha, são Bonifácio percebeu que os seus habitantes adoravam uma enorme árvore oferecida ao deus Odin. Para provar que tal árvore não passava de uma árvore mesmo e que o deus não a protegeria, são Bonifácio a derrubou. O santo escolheu então o pinheiro, uma árvore perene (não perde suas folhas no inverno) e a enfeitou com maçãs. Com a perenidade do pinheiro, mostrava Cristo que estava sempre presente em nosso meio e cujo vigor nenhuma força era capaz de afetar; o pinheiro cresce devagar, assim como o Corpo de Cristo (a Igreja) espalha-se cresce aos poucos pelo mundo, mas torna-se uma árvore gigantesca; e as maçãs lembram a humanidade de Cristo, pois relembram o útero virginal da Virgem Santíssima. A tradição espalhou-se foi chamada de a Árvore de Cristo. Desta maneira, um símbolo pagão foi "batizado", revestido de outro significado e incorporado aos costumes cristãos.


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