sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Liturgia e Rito


O QUE É A LITURGIA?

A liturgia é a ação sagrada por excelência. É uma ação divina, realizada “por Cristo, com Cristo e em Cristo”: é uma ação da Igreja que estabelece a ligação com Deus por meio de Jesus.

A liturgia se dá por meio de ritos, os quais são percebidos pelos sentidos e remetem a seu significado. Por meio dos sacramentos, uma realidade que pode ser sentida humanamente e revela uma realidade superior e espiritual, conferindo a graça de Deus.

A Liturgia é celebrada pelo próprio Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, quem exerce uma mediação entre nós e o Pai (Cf. Hb 5, 1-14). É Ele quem age na Igreja, em proveito da Igreja. E também é a Igreja quem atua, e é por meio da ação dela que a ação de Cristo se atualiza e se faz presente. Ou seja, a Igreja é o instrumento pelo qual Cristo age no mundo.

O fim de todo ato litúrgico é a glorificação de Deus, ou seja, louvá-lo e adorá-lo. A principal forma de glorificar a Deus de que o homem é capaz é buscar a sua própria santificação (que é a união com Deus), e a Liturgia também oferece meios para aproximar o homem de Deus, santificando-o, fazendo-o buscar a Deus e amá-lo.
A CELEBRAÇÃO

Um ato litúrgico, como a Santa Missa, não é uma repetição, mas uma celebração. Apesar de haver Missas todos os dias, em todos os países do mundo, em todos os momentos, nenhum padre repete a Santa Missa, mas a celebra.

Para que haja uma celebração, são necessários três elementos: um fato que é lembrado e comemorado, um rito que se realiza e a comunicação de sentimento entre as pessoas que participam no evento que ocorre.

Para se entender o que é celebração, é bom imaginar uma festa de aniversário de um ano de uma criança: o que se celebra na festa é o fato que ocorreu de um nascimento e da vida de uma criança que se conservou por um ano. Este fato é invocado, lembrado, narrado e divulgado entre os presentes. É considerado como uma coisa muito boa, caso contrário, não seria lembrado.

Na festa de aniversário, também ocorre um rito: se cantam os parabéns, reúnem-se os amigos, enfeita-se as casa com balões, acendem-se velas em um bolo, sempre do mesmo modo, como fazem outros pais de outras crianças... Chato? Não! Um rito é um conjunto de símbolos que expressam uma coisa, mas que aparece sempre como uma novidade.

Por outro lado, quem participa da festa de uma criança se une na alegria de sua pessoa, em sua alegria, ainda que a criança não entenda o que está acontecendo.

Da mesma maneira, fazer arroz: sempre se precisa lavar o arroz, escorrê-lo, fritá-lo, refogá-lo, deixá-lo cozinhar até dar o ponto certo. Contudo, sempre é um arroz novo, e não o mesmo arroz que se prepara a cada dia

Muito mais a ação de Jesus, a sua vida e a salvação que Ele nos deu é que é celebrada. E não é algo chato e repetitivo, mas é algo sempre novo.

Fonte: Apostila de Acólitos (2008), Rodrigo Demetrio

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vícios e virtudes



VÍCIO

Não é algo incomum ouvir que uma pessoa é viciada em drogas, em jogos, em bebidas, em televisão ou alguma outra coisa. Normalmente, elas são vistas como pessoas dignas de compaixão, presas a alguma coisa da qual não conseguem sair.

O vício é uma coisa ruim. É quando uma coisa má (drogas, bebidas ou mesmo um pecado, principalmente contra a pureza) ou mesmo boa com certo limite (assistir um programa de televisão, jogar videogames ou navegar pela internet) é feita frequentemente pela pessoa e acaba tornando-se um hábito, algo que a pessoa faz ou deseja fazer a todo momento, ainda que não o perceba, ou já não é mais capaz de parar de fazê-lo.

O vício prende tanto a pessoa que ela já não é mais capaz de se controlar diante do objeto de seu vício, e sofre bastante na ausência dele. A pessoa já não é mais livre: tornou-se escrava.

VIRTUDE

Oposta ao vício está a virtude. Sempre é um elogio para uma pessoa dizer que ela é virtuosa: um rapaz é humilde, uma moça é obediente, um menino é asseado, uma menina é pura. Enquanto indicar alguém por um vício é algo ruim (“aquele rapaz é um preguiçoso!”), é um elogio apontar alguém por sua virtude (“veja que moça diligente!”).

A virtude é também um hábito, mas que se refere a uma coisa boa, repetida diversas vezes, de modo a tornar-se algo já próprio ao comportamento da pessoa. Uma pessoa sincera, por exemplo, contará uma verdade que até mesmo a prejudique mais facilmente que uma pessoa mentirosa.
HÁBITOS BONS E HÁBITOS MAUS
Há hábitos bons, os quais devem ser cultivados por todos, e hábitos maus, os quais devem ser evitados.

ALGUNS HÁBITOS BONS
Vícios ou Hábitos maus
  • Obediência
  • Desapego
  • Pureza
  • Castidade
  • Pudor
  • Simplicidade
  • Sinceridade
  • Asseio
  • Temperança
  • Atenção
  • Diligência
  • Silêncio
  • Sinceridade
  • Humildade
  • Pontualidade
ALGUNS HÁBITOS MAUS
  • Preguiça
  • Desatenção
  • Impureza
  • Orgulho
  • Mentira
  • Fofoca
  • Inveja
  • Murmuração
  • Gula
  • Vaidade
  • Despudor
  • Irritação
  • Impontualidade
  • Desatenção
  • Apego
Fonte: Apostila para Acólitos (2008), Rodrigo Demetrio

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Oração pelos sacerdotes - Santos Sacerdotes, Senhor!



Senhor, pelo amor infinito que tendes à Vossa Igreja, humildemente Vos suplicamos que santifiqueis nossos irmãos sacerdotes.

Hoje, mais do que nunca, precisamos de santos sacerdotes que nos faça sentir necessidade de Vós e saudade de céu. Revivei neles, mais uma vez , com a Vossa Palavra, com as Vossas virtudes, com o Vosso Coração. Partilhai com eles o Vosso amor à cruz, para que sejam pobres e humildes como Vós, puros como a Hóstia que seguram, fortes como os mártires de todos os tempos. Tornai-os Vossos íntimos confidentes de tal modo que, aproximando-nos deles, possamos reconhecer-Vos, rever a Vossa mansidão nos trabalhos de seu ministério e regozijar-nos novamente com a Vossa bondade em cada gesto de sua pessoa. Em troca de tão grande favor, prometo-Vos cumprir mais fielmente Vossa santa vontade e, sobretudo, abraçar todo dia, com amor, a cruz que Vós nos ofereceis. Amém.

Bênção da Casa


Oração para a bênção da casa, para ser rezada pelos seus moradores:

Ó Deus, abençoai e protegei os moradores desta casa. Abençoai tudo o que se encontra em nossa casa, os que nela entram e os que dela saem. Guardai nossa casa e dai-nos a vossa paz. Dai-nos coragem para enfrentar, com sabedoria e amor, a luta do dia a dia, transformando-nos em instrumento de vossa vontade. Amém.

Ano Litúrgico




O Ano Litúrgico é o tempo que marca as datas dos acontecimentos da História da Salvação. Não é como o ano civil, que começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de dezembro, mas começa no 1º domingo do Advento e termina no último sábado do tempo comum, que é na véspera do 1º domingo do Advento.
ADVENTO
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Cor: Roxa

O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.
NATAL
Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Cor: Branca

Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da Epifania, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e do Batismo de Jesus.

QUARESMA
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Cor: Roxa

O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa. Seu período mais expressivo é a Semana Santa, lembrança da última semana de Jesus na terra, que se inicia no Domingo de Ramos e termina no Tríduo Pascal.
Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.

Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Paixão do Senhor.

Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.

Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

PÁSCOA
Início: Domingo de Páscoa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Cor: Branca

A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinquenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

TEMPO COMUM
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas
Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Cor: Verde

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo.

Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

Tempo Litúrgico

Cristo, Senhor do Tempo e da História


O tempo constitui uma experiência muito forte para o homem. Ele é fortemente marcado pelo tempo: nasce, cresce, se desenvolve sempre. Nunca consegue parar o tempo. Nasce como um bebê, engatinha, põe-se de pé e aprende a andar. Cresce, desenvolve-se na infância, logo chega à adolescência, torna-se adulto e, não demora, começam os sinais do tempo. Por fim, o homem volta à terra de onde saiu.

Durante sua vida, o homem experimenta diversas passagens. A primeira é a de gerações e de indivíduos por esta vida. Depois, a passagem dos dias e dos anos: o tempo solar. Também a passagem de ciclos da lua, marcando as semanas e os meses. Também pela alternância de dia e noite, trevas e luz, manhã e tarde.

Cristo é o Senhor do tempo: Ele nasceu e cresceu como nós. Chegou à idade adulta e morreu. Enfrentou as grandes angústias humanas, em especial a experiência da morte. Mas Ele a venceu, e promete que, com Ele, também a venceremos e penetraremos na eternidade, onde não há tempo.

A Liturgia se realiza segundo diversos tempos.

Medalha comemorativa do grande Jubileu do ano 2000
Tempo das gerações: é marcado principalmente pelos jubileus, quando a Igreja celebra ação de graças por um período de tempo determinado, normalmente a cada cinquenta anos. Também há a celebração dos centenários, dos milênios.

Tempo da vida: a Liturgia também se faz presente nos diversos momentos da vida, por meio da celebração dos Sacramentos, que celebram a vida, a maturidade, o amor conjugal, a morte.
Tempo solar: é a experiência de ano vivido no Ano Litúrgico. A Igreja relembra o mistério de Cristo, de sua Encarnação e Natividade até sua Ascensão, o dia de Pentecostes e a espera da vinda de Jesus. Relembrando os mistérios da vida do Salvador, distribui aos fiéis as riquezas do poder santificador e dos méritos de Cristo, de sorte que os torna presente novamente, para que os fiéis entrem em contato com eles e sejam repletos da graça da salvação.

O tempo Litúrgico se organiza em torno de duas celebrações principais, o Natal e o Tríduo Pascal, o período de preparação (Advento e Quaresma) e a comemoração que lhes é posterior (Tempo do Natal e Tempo da Páscoa) e pelo Tempo Comum (que celebra a caminhada do povo rumo a Deus até a segunda volta do Salvador).

O tempo
Tempo lunar: na experiência das passagens do tempo lunar, as semanas, a Igreja celebra a Páscoa do Senhor no primeiro dia da semana, o Dia do Senhor, o Domingo. Neste dia, os cristãos se reúnem para ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia, se lembrarem da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor e darem graças a Deus que os salvou. O Domingo é o dia de festa primordial que deve ser sempre lembrado com grande respeito, como dia de alegria e descanso.

Tempo diário: a cada dia se faz uma experiência de passagem de trevas para luz e de luz para as trevas, de noite para o dia e de dia para a noite. Nesta experiência diária, a Liturgia propõe a celebração do mistério pascal da Paixão, Morte, Sepultura e Ressurreição de Cristo. Isso é expresso na Liturgia das Horas, pelo louvor Matutino, na hora chamada Laudes, onde se celebra a ressurreição de Jesus e a vida nova dos cristãos em Cristo; e na hora vespertina, chamada Vésperas, onde se recorda a doação de Cristo na Cruz, a Eucaristia, o sacerdócio e o dom da Igreja. Nas outras horas menores, recorda os passos da paixão de Jesus e os mistérios da Igreja.

Eucaristia: é celebrada no tempo, mas não está vinculada ao tempo, pois é sempre atualização de um fato histórico, mas presente na eternidade. Todas as experiências do tempo podem ser celebradas pela Eucaristia: os tempos das gerações, os tempos da vida, dos anos, das semanas e dos dias.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

domingo, 24 de outubro de 2010

Gestos Litúrgicos



A vida do homem é marcada por gestos com significado. Um aceno de cabeça pode significar afirmação ou negação, um piscar de olhos pode ser uma aprovação, um balançar das mãos indica despedida, um dedo levantado indica pedido de atenção. Também na Liturgia, os diversos gestos e movimentos possuem um significado mais profundo.

Gestos com as mãos

Os gestos são de movimentos do corpo, especialmente da cabeça e dos braços, capazes de exprimir idéias, sentimentos e de realçar o sentido da palavra.

As mãos são o órgão mais importante no ser humano para fazer obras externas. O homem pode usá-la para fazer o bem ou o mal. A mão aberta é sentido de generosidade. Estar nas mãos de Deus significa estar em seu poder e disposição, na proteção de Deus.

Sinal da Cruz: não é um sinal precipitado, disforme, mas um sinal bem feito, lento, da fronte até o peito, de um ombro ao ombro. O sinal da Cruz é o sinal do cristão, daquele que acredita que foi pela Cruz que veio a salvação. Na Cruz, Cristo redimiu a humanidade inteira. Por meio da Cruz, Ele santifica o homem, totalmente. Por isso, ele é feito antes da oração, para que ordene e concentre os nossos pensamentos, coração e vontade em Deus. Depois de rezar, para que permaneçam as graças recebidas. Na tentação, para fortalecer. No perigo, para proteger.

O sentido do sinal da cruz é o pedido de bênçãos, da proteção de Deus. Deve ser feito lentamente, amplamente e com cuidado. Ele é feito pela própria pessoa, ao início da Liturgia e ao final; é traçado sobre a testa, a boca e o peito na Proclamação ao Evangelho; é feito sobre o Livro do Evangelho pelo sacerdote ou diácono que o proclama; é feito sobre as oferendas, antes da Consagração; por fim, é traçado no ar ao se abençoar o povo.

Juntar as mãos: as mãos juntas indicam o recolhimento, a oração profunda e o contato com Deus. As mãos juntas indicam alguém que se recolhe em si e se mantém a sós com Deus em seu coração, como se o quisesse manter dentro de si, escondido. É um gesto que diria: “estou a sós com Deus”. É também atitude de humildade e reverência, que revela uma firme disciplina e uma reverência contida de quem se dispõem a dirigir a palavra a Deus de maneira singela e a escutar-lhe atentamente. Também é gesto de entrega total, de quem as mãos como prisioneiras nas mãos de Deus. É o gesto que se deve manter ao ter as mãos livres durante a celebração.

Erguer as mãos: é a expressão da oração comunitária, da ação de graças. É expressão de um sentimento ardente que se eleva e clama por Deus. É também expressão de oferta, de quem toma a si mesmo e a tudo que tem e se oferece a Deus em um alegre sacrifício, unindo-se à oferta de Cristo, quem se imolou totalmente ao Pai. É um gesto proposto para ser realizado no Pai-Nosso pelo sacerdote. Seu uso pelos fiéis fica a cargo da decisão do bispo diocesano.

Dar as mãos: é um gesto usado pelos noivos no Matrimônio, que significa o amor e a comunhão. Dar as mãos no Pai-Nosso não é previsto no Rito Romano, mas pode ser um gesto significativo em certas ocasiões, sem se tornar permanente. Também se dá as mãos no rito da paz, como sentido de comunhão.

Imposição das mãos: é um gesto que significa abençoar, transmitir força e proteção de Deus. É usado para conferir o Sacramento da Ordem nas ordenações.

O homem não se comunica apenas pelas mãos, mas por todo seu corpo. Uma má postura em uma conversa pode indicar falta de atenção, a cabeça elevada para cima enquanto se anda pode indicar orgulho etc.

Sinais do corpo

Genuflexão: a genuflexão se faz dobrando o joelho direito até o chão, e significa adoração. É um gesto reservado ao Santíssimo Sacramento e à Cruz de Cristo, na Sexta-Feira Santa.

Na Santa Missa, o celebrante faz três genuflexões: depois da apresentação da hóstia e do cálice consagrados e antes de comungar (durante o Cordeiro de Deus). Se houver sacrário com o Santíssimo Sacramento no presbitério, o sacerdote celebrante e seus ministros fazem genuflexão quando chegam ao Altar e dele se retiram, mas não durante a celebração. Também fazem genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo, exceto se andam processionalmente. Aqueles que levam as velas e a cruz processional não fazem genuflexão, mas apenas inclinação da cabeça.

Inclinação: a inclinação manifesta a honra e a reverência que se atribuem às próprias pessoas e aos seus símbolos. Há duas espécies de inclinação: a de cabeça e a de corpo.

A inclinação de cabeça se faz quando se nomeiam juntas as três Pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo), ao nome de Jesus Cristo, da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a Santa Missa.

Inclinação do corpo é feita principalmente ao Altar. O sacerdote a faz em algumas orações. É feita também antes e depois de incensar por quem incensa e por quem é incensado, mas não antes de se incensar o Altar e as oferendas. Também se faz inclinação profunda para receber as bênçãos. Quem traz o Evangeliário solenemente para a Celebração não faz nenhuma inclinação, pois está trazendo o próprio Senhor que convocou seu povo. Também se faz uma inclinação profunda ao se passar diante do Altar ou do sacerdote celebrante durante a Santa Missa.

Prostração: é um dos símbolos mais fortes da Liturgia. A pessoa deita-se por terra, em sinal de humilhação, de pequenez diante da missão que lhe é confiada. É feita pelos que farão profissão religiosa, pelos que serão ordenados e é facultativa ao celebrante e aos ministros ordenados na Celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa.

Posturas do Corpo

As posturas do corpo constituem uma linguagem comunitária, um modo de rezar. É sinal da unidade dos membros da comunidade cristã, que exprime e estimula os pensamentos e os sentimentos dos participantes.

Estar de pé: pôr-se de pé significa concentrarmos nossas forças, uma atitude vigorosa e disciplinada. Significa estar atento, pois esta posição exige estar desperto. Significa, enfim, estar preparados, pois quem está de pé pode ir imediatamente daqui acolá, cumprir um encargo ou iniciar um trabalho assim que for ordenado.

Os fiéis permanecem de pé do início do canto de entrada ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar até o final da oração coleta; durante o canto do Aleluia e a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; do convite Orai, irmãos até o final da Missa.

Sentados: é sinal de repouso, de acolhida, de meditação, de interiorização. Senta-se durante as leituras antes do Evangelho e do Salmo responsorial, durante a homilia e durante a preparação das ofertas e, se conveniente, enquanto se observa o silêncio sagrado após a comunhão.

Ajoelhados: expressa atitude de humildade, recolhimento e adoração. É uma postura pouco utilizada na liturgia, usada apenas para a consagração e para a adoração ao Santíssimo Sacramento. Durante o momento da consagração, todos devem se ajoelhar, até que o padre diga: Eis o mistério da fé. Aqueles que não puderem se ajoelhar por motivo de saúde, idade ou falta real de espaço, devem ao menos inclinar a cabeça durante a genuflexão do sacerdote.

Movimentos

O principal movimento na Liturgia é a procissão. Durante a Santa Missa há diversas procissões. No Antigo Testamento, o caminho significa o plano divino sobre a vida do homem, e o seu comportamento em relação aos mandamentos de Deus.

Procissões: podem ser dentro da celebração da santa Missa ou fora dela. A Santa Missa inicia-se com a procissão de entrada, expressão do povo de Deus a caminho da Terra prometida reunido para celebrar sua caminhada e alimentar-se com o Pão do Céu.

A procissão do Evangeliário simboliza Jesus que se levanta na assembleia para dirigir sua Palavra aos seus fiéis, que O saúdam, O aclamam para ouvir com atenção sua Palavra.

A procissão das oferendas simboliza a assembleia que apresenta a Cristo, o Altar, sua vida, simbolizada pelo pão e pelo vinho. A assembleia une-se a Cristo para oferecer-se ao Pai.

A procissão da Comunhão simboliza o Povo de Deus que se alimenta do Pão da Vida para prosseguir seu caminho rumo a Deus.

Além dessas, há outras procissões independente da Santa Missa, como a procissão de Corpus Christi, dos santos ou da Semana Santa.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

sábado, 23 de outubro de 2010

Sinais Litúrgicos

No nosso dia-a-dia, somos confrontados a todo o momento com sinais: seja nos semáforos de trânsito, em comerciais, ou até mesmo aqui, em que interpretamos as letras, que são sinais das palavras, as quais são sinais de alguma coisa existente.

Um sinal deve ser algo que possa ser percebido, seja visto, ouvido, cheirado, sentido ou degustado. Um semáforo, um toque de telefone, o cheiro de fumaça, a vibração de um celular ou um gosto estranho podem ser sinais que se referem a outras coisas: o semáforo significa a ordem exigida para o trânsito; o telefone que toca indica que alguém quer falar; o cheiro de fumaça indica fogo; o celular que vibra indica ligação ou mensagem; um gosto estranho indica que um alimento pode não estar bom.

O sinal é algo sensível (que pode ser percebido por um dos sentidos) e é significativo, possui um significado a que se refere. Ele aponta para uma coisa diferente dele: a pegada fresca de um leão indica que há um leão vivo por perto, mas a pegada não é o próprio leão, indicando que ainda há tempo para tentar fugir.

Luz e trevas, contraste amplamente presente na Liturgia
Os sinais litúrgicos são os sinais presentes na Liturgia, os quais servem para nos recordar da ação que Cristo realizou, da ação presente que ele opera por meio dos sinais e da salvação que Ele nos concede agora e que se concretizará na plenitude dos tempos.
LUZ E TREVAS
A luz e as trevas são um dos sinais mais eloquentes da Liturgia. Sem luz não existe vida. O sol aquece e ilumina. A vela faz ver o caminho, as coisas e as pessoas. As trevas são figuras da morte, de quem fecha os olhos. Deus é luz, e o próprio Cristo é chamado no Símbolo Niceno-Constantinopolitano de “Luz da Luz”.

A luz é expressa em especial no sinal do fogo: o fogo novo, usado na Vigília Pascal, e o Círio Pascal são símbolos do próprio Cristo que vence a morte e ilumina a sua Igreja, e transmite a vida aos fiéis, os quais acendem no Círio suas velas. A vela que se acende no Batismo, na Primeira Comunhão, no Crisma, na profissão religiosa e na própria morte são sinais da vida nova em Cristo, da própria fé. Por fim, a lamparina acesa dia e noite diante do Santíssimo, sinal da presença de Deus. O fogo é sinal de Deus e de sua presença na alma.

As velas do altar simbolizam os fiéis que participam da Santa Missa. Acesas, elas indicam a comunhão e a união com Deus e a intenção que os fiéis deveriam ter de consumir-se e permanecer perante Deus.
ÁGUA
Batismo do Senhor
A água é a fonte da vida do ser humano, que durante nove meses nela vive mergulhado no útero materno. Seu próprio corpo é composto por grande parte de água. A água serve para se purificar, embelezar, limpar-se, refrescar, reanimar, matar a sede. A água é, enfim, o símbolo da vida. Sem ela, não viveríamos.

No Batismo, a Igreja comemora a ação de Deus por meio da água: por meio das águas do Batismo surge uma nova vida. Mas também ela é morte, como foi para os egípcios na travessia do mar Vermelho, que se afogaram ao tentar perseguir os israelitas. Ela é morte para o homem velho, para o pecado, e vida nova para o filho de Deus, concebido pela Igreja.

Na hora da Preparação das ofertas, o sacerdote põe algumas gotas de água no vinho: é o símbolo do fiéis que se unem a Cristo e nele se dissolvem, em sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Por fim, ela é usada nas abluções, nas purificações. É o símbolo da limpeza, da remoção do pecado, utilizada pelo sacerdote antes de iniciar a Liturgia Eucarística. Também há a água benta, aspergida sobre os fiéis, que recorda o Batismo.

CINZAS E INCENSO
Cinzas: sinal da morte e do arrependimento
As cinzas e o incenso estão ligados ao fogo, símbolo do próprio Deus. O fogo desperta o bom odor do incenso. O incenso cria a nuvem, que expressa a presença de Deus na nuvem, a oração que sobe aos céus e a presença de Deus na Assembleia reunida, no Altar, na Cruz, no sacerdote presidente e na Palavra proclamada.

O fogo também transforma as coisas da natureza em cinzas. É sinal de morte, do pecado, o qual Deus pode transformar em vida, desde que o homem reconheça o seu pecado e se humilhe, arrependido. A cinza simboliza o arrependimento.

ÓLEO
O óleo é usado com frequência na Liturgia: no Batismo, na Unção dos Enfermos, na Ordenação episcopal e presbiteral, na Confirmação, na consagração de igrejas e altares.

Óleo: usado nos sacramentos do
Batismo, da Confirmação ou Crisma,
nas Ordenações e na Unção dos
Enfermos.
O óleo é usado no preparo de alimentos, e também em loções, para curar feridas, aliviar a dor e como unção. Na Antiguidade, era vista a presença de Deus no óleo, e a Igreja o adota como o símbolo da graça de Deus que concede a vida e dá força.

No Batismo, o óleo é sinal de presença do Espírito Santo, que invade a pessoa com sua graça. É também sinal de força para renunciar o mal e aderir ao bem. Na Confirmação, é dado o Espírito Santo, o dom de Deus, para viver até a plenitude a vocação de cristãos. As mãos do sacerdote são ungidas para indicar que são mãos pelas quais age o Espírito Santo: são mãos que abençoam, consagram, perdoam. Os enfermos recebem a força do Espírito Santo pelo óleo, que também simboliza remédio, alívio, conforto e força para viverem a vocação batismal apesar da enfermidade.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

Funções e Ministérios na Santa Missa

A Celebração eucarística constitui uma ação de Cristo e da Igreja, isto é, o povo santo, unido e ordenado sob a direção do Bispo. Por isso, a celebração eucarística pertence a todo o Corpo da Igreja e o manifesta e afeta; mas atinge a cada um dos seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação atual. Todos, portanto, quer ministros ordenados, quer fiéis leigos, exercendo suas funções e ministérios, façam tudo e só aquilo que lhes compete.

As pessoas que se reúnem na igreja formam a Assembleia. A Assembleia é, em sentido religioso, a reunião das pessoas convocadas pela Palavra de Deus. Cristo enviou seus apóstolos a convocarem a assembleia cristã, que ouvirá sua mensagem, viverá os sacramentos e renovará sua Aliança com Cristo.

A Assembleia é uma reunião de irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai e sem diferenças entre si. Não há privilegiados ou discriminados perante Deus: todos são iguais. Mas Deus convida todos a servi-lo, de maneiras diferentes, a exercer uma função específica.

O PRESIDENTE DA CELEBRAÇÃO
O presidente: o Celebrante ou presidente da Assembleia é normalmente o bispo ou o sacerdote, mas poderá ser um diácono ou ministro extraordinário, dependendo da celebração.

Cordeiro, sinal de Cristo, Cabeça da Igreja reunida em celebração,
 sobre o Livro dos Evangelhos (Evangeliário)
O presidente da assembleia representa Cristo Cabeça do seu Corpo, a Igreja. Em nome de Cristo, está a serviço da Igreja, una, santa, católica e apostólica. Mas ele não age sozinho, mas em harmonia com outros ministérios e funções.
OUTROS MINISTÉRIOS E FUNÇÕES
O diácono, ministro ordenado (tem o Sacramento da Ordem) tem a função de proclamar o Evangelho e auxiliar o presidente, mas pode exercer também outras funções, como proferir a homilia, propor as intenções da oração universal, preparar o Altar e as ofertas na Apresentação, distribuir a comunhão aos fiéis e purificar os objetos após a comunhão.

O acólito é instituído para servir ao Altar e auxiliar o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, e, se necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, pois é ministro extraordinário da comunhão eucarística.

Podem ser delegados leigos para o serviço do altar e ajudar ao sacerdote e diácono, levando a cruz, velas, turíbulo, o pão, o vinho e a água. São meninos e meninas chamados coroinhas.

Ainda podem ser delegados leigos para auxiliar na distribuição da comunhão aos fiéis e para levá-la aos enfermos: são os ministros extraordinários da comunhão eucarística.

O leitor é instituído para proferir as leituras da sagrada Escritura, exceto o Evangelho. Pode igualmente propor as intenções para a oração universal, e faltando o salmista, proferir o salmo entre as leituras. Ele também é ligado à Catequese e preparar os demais leigos a uma participação mais plena na Santa Missa.
AS DEMAIS FUNÇÕES
Na falta de leitor instituído, podem-se delegar outros leigos para proferir as leituras da Sagrada Escritura, como proclamadores da Palavra. Também há o salmista, responsável por proclamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras.

Entre os fiéis, exerce sua função os cantores ou coral. Cabe-lhe executar as partes que lhe são próprias, conforme os diversos gêneros de cantos, e promover a ativa participação dos fiéis no canto.

Também há pessoas que exercem funções que auxiliam na celebração da Eucaristia, como o sacristão, que dispõe com cuidado os livros litúrgicos, os paramentos e outras coisas necessárias para a celebração da Missa; o comentarista ou animador, que, oportunamente, dirige aos fiéis breves explicações e exortações, visando a introduzi-los na celebração e dispô-los para entendê-la melhor. Também podem ser citados os que recolhem as ofertas dos fiéis, os que acolhem as pessoas à entrada da porta e os que organizam as procissões.

As funções litúrgicas que não são próprias do sacerdote ou do diácono podem ser confiadas também pelo pároco a leigos idôneos com bênção litúrgica ou designação temporária. Quanto à função de servir ao sacerdote junto ao altar, observem-se as normas dadas pelo Bispo para sua diocese.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

Atos Litúrgicos




A Igreja celebra, de diversas maneiras, os mistérios de Deus e lhe agradece, rendendo ação de graças. Ao mesmo tempo, também cumpre a sua missão de distribuir a salvação entre os homens, por meio dos sacramentos.

A celebração dos sete sacramentos são os atos litúrgicos por excelência.


O PRINCIPAL ATO LITÚRGICO

A Santa Missa é o principal ato litúrgico. Todos os demais atos litúrgicos eram celebrados em seu decorrer, mas, devido a questões pastorais ou de conveniência, como no caso da Confissão (imagine acusar-se de seus pecados perante toda a Assembleia!), passaram a ser celebrados também fora da Santa Missa. Porém, os sacramentos da Ordem e da Eucaristia só podem ser celebrados dentro da Missa.


OS SETE SACRAMENTOS COMO ATOS LITÚRGICOS
Batismo: celebrado no decorrer de uma Santa Missa ou fora dela, o sacramento do Batismo torna a pessoa filha adotiva de Deus, fazendo-a morrer para o mundo e para o pecado e fazendo-a renascer para Deus. Celebra-se derramando água sobre a cabeça ou mergulhando a pessoa três vezes, dizendo: “N., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.



Crisma: celebrado no interior da Santa Missa, o Sacramento representa Cristo que envia ao fiel a plenitude do Espírito Santo por meio da unção com o Óleo do Crisma.



Eucaristia: indissociável da Santa Missa, é o sacramento da presença do próprio Cristo por meio do pão e do vinho que se tornam seu Corpo e seu Sangue pelas palavras da instituição: “isto é o meu corpo, isto é o meu sangue”.



Penitência: atualmente é celebrado individualmente e fora da Santa Missa. O Sacramento confere o perdão dos pecados ao pecador arrependido que se confessa.

Papa Bento XVI celebrando a Santa Missa no Vaticano


Unção dos Enfermos: por meio da unção com o Óleo dos Enfermos, perdoam-se os pecados ao enfermo e pede-se a cura para a sua doença.



Ordem: o Sacramento da Ordem é celebrado sempre dentro da Santa Missa, e consagra, pela imposição das mãos de um bispo, novos diáconos, presbíteros ou outros bispos para a Igreja.



Matrimônio: os nubentes que o celebram manifestam o seu amor mútuo e sua abertura à vida perante a Igreja, e testemunham em seu consentimento mútuo o amor de Deus transbordado na criação, no desejo de participarem do amor e da vida de Deus.



OUTROS ATOS LITÚRGICOS

Outros atos que a Igreja celebra também constituem atos litúrgicos.


Liturgia das Horas: por meio da Liturgia das Horas, a Igreja relembra a cada dia o Tríduo Pascal de Cristo, e santifica as horas do dia a Deus. É a oração dos Salmos, distribuída em horas específicas do dia, convidando o fiel a recordar-se de Cristo.



Celebração da Palavra de Deus: a celebração da Palavra possui o seu valor, apesar de não ser igual à Santa Missa. Nela se celebra a Palavra de Deus, a sua Revelação, e se convida a comunidade reunida a responder à Palavra de Deus que fala.



Profissão religiosa: na profissão religiosa comemora-se a vocação do ser humano à santidade, à união eterna com Deus, à qual todos os seres humanos são chamados. Nela, um homem ou uma mulher professa, perante toda a Igreja, o seu desejo de se consagrar totalmente a Deus e de servi-lo e ao próximo segundo um carisma específico.

Exéquias: nas exéquias se associa a morte corporal do fiel à morte do próprio Cristo, e se pede que Ele o associe também à sua Ressurreição. É a celebração pelo defunto, pelo cristão que tem seu encontro definitivo com o Pai, onde a Igreja pede a Deus por sua alma.


Celebração de bênçãos: nas bênçãos, comemora-se o próprio Jesus, que é a grande Benção de Deus Pai ao mundo. Nas bênçãos se evoca o Deus de bondade, que cobre de bens as criaturas, e, a partir da ação de graças pelos bens recebidos de Deus, se pede a Deus que renove sua bondade com todos.

Em todos esses atos temos os aspectos da santificação do homem e glorificação de Deus.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Santa Missa




Na Quinta-Feira Santa, véspera de sua Paixão, Jesus reuniu-se com seus Doze Apóstolos e antecipou-lhes o seu sacrifício que em breve ocorreria. Ofereceu seu Corpo e seu Sangue na forma de Pão e Vinho, e deu a ordem aos Doze de que fizessem sempre o que Ele mesmo fizera.

A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
A celebração da Santa Missa envolve dois atos litúrgicos: a proclamação da Palavra de Deus, na Liturgia da Palavra, e a consagração do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus, como ação de graças ao Pai por seus benefícios.

Na Santa Missa, somos alimentados pela Palavra de Deus que é revelada a nós (a Sagrada Escritura) na Mesa da Palavra (o ambão) e pela Palavra feita Carne, Jesus Cristo, que se dá a nós como alimento no pão e no vinho.

CONSAGRAÇÃO
As palavras de Jesus (“isto é o meu corpo”, “isto é o meu sangue”) não são apenas figuras de linguagem ou de comparação. Ao longo da santa Missa, o pão e o vinho se transformam realmente no Corpo e no Sangue de nosso Senhor, sem perder seu aspecto visível.

Na Eucaristia estão “verdadeiramente contidos, real e substancialmente, o Corpo e o Sangue, junto com a Alma e a Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo”.

EUCARISTIA
O sacramento da Eucaristia é o centro e o coração de toda a liturgia da Igreja. Nela se cumprem a missão que Cristo confiou aos apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”.

I Cor 11,23-25: “De fato, recebi do Senhor o que também vos transmiti: na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, ao fim da ceia, Ele tomou o cálice e disse: ‘Isto é o meu sangue, o cálice da nova aliança. Todas as vezes que deles beberdes, fazei-o em minha memória’”.

A Igreja, em cada comunidade paroquial, celebra a Eucaristia como comunhão de ação de graças e como um compromisso pessoal a que o sacrifício de Jesus obriga.

Durante a celebração da Eucaristia, no momento da Consagração, é o próprio Jesus que se faz presente. É em seu Corpo e em seu Sangue que se convertem o pão e o vinho. Apesar de o pão ainda ter o sabor, a aparência, o formato, o cheiro de pão, contudo, já não é mais pão, mas Corpo de Cristo. O mesmo se dá com o vinho, que já não é mais vinho, mas Sangue de Cristo. A substância do pão e do vinho, o que faz com que eles sejam o que são, muda, mas o aspecto deles, os acidentes, que são secundários, permanecem os mesmos. É o que se chama de transubstanciação.

E em cada partícula do pão consagrado é Corpo de Cristo. O menor pedaço já é Cristo completo. Da mesma forma, cada gota de vinho possui Cristo por completo. Por isso, a comunhão sob uma só espécie possui o mesmo valor da comunhão sob uma única espécie.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

Santa Missa


Nenhuma pessoa consegue sobreviver sem comida. Jesus, sabendo disso, por duas vezes multiplicou os pães para uma multidão faminta (Cf. Mt 14, 13-21; 15, 32-39).

Assim como na vida terrena, em nossa caminhada espiritual necessitamos nos alimentar. Não apenas da Palavra, mas sobretudo do próprio Corpo do Senhor Ressuscitado.

Na Eucaristia, Jesus Cristo se dá a nós. O pão que é consagrado se torna verdadeiramente Corpo de Jesus, e o vinho consagrado se torna verdadeiramente Sangue de Jesus (Lc 22, 19-20) .

O sacramento da Sagrada Eucaristia foi instituído como alimento espiritual. Visto a Eucaristia ser um alimento espiritual, é de se supor que ela cause os mesmos efeitos de um alimento material em relação ao corpo. E assim é: nutre, faz crescer, restaura as forças, deleita-nos.

A comunhão do corpo e do sangue de Cristo faz com que nos transformemos naquilo que recebemos. Sempre que duas coisas se unem, de modo que uma delas se deve transformar num todo, então aquilo que é mais forte transforma em si o mais fraco.

São João Crisóstomo comenta: "Nós somos aquele mesmo corpo. Afinal, o que é pão? É o corpo de Cristo. E o que acontece com aqueles que comungam? Tornam-se corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo”.

Na Missa, o povo de Deus se reúne sob a presidência do sacerdote, que é o próprio Cristo que faz novamente presente o seu sacrifício na cruz. Não se trata de uma repetição da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, mas estes fatos se fazem outra vez presentes, não como memórias ou lembranças, mas são atualizados, feitos novamente presentes.

Na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente tanto na assembleia reunida em seu nome, como na pessoa do ministro, na sua palavra, e também, de modo substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas.

A Missa possui duas partes principais, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. De fato, na Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiéis.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

Jesus Cristo


Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem. Ele se fez homem no seio da Virgem Maria, pela ação divina do Espírito Santo. Ele tomou o corpo e alma humana e se fez homem. Nós chamamos este mistério da Encarnação.

Quando o filho de Deus se fez homem não deixou de ser Deus. Ele continuou a ser Deus, mas passou a ser também verdadeiro homem. Por isso dizemos que em Jesus há duas naturezas: natureza divina (é Deus) e a natureza humana (é homem).

A natureza divina de Jesus se manifesta todas as vezes que ele operava um milagre como o de curar um cego, um paralítico, leproso, quando acalmava tempestades, ressuscitava mortos, expulsava demônios...

Sendo ele Deus e Todo-Poderoso, ele tudo podia porque tinha o poder supremo sobre todas as coisas. Nestes casos, era a sua natureza divina que agia.
A natureza humana de Jesus se manifestava todas as vezes que ele sentia fome, sede, cansaço, sentia pena ou chorava. Quando estava cansando Jesus retirou-se para o monte para rezar. Na cruz Jesus disse: Tenho sede. Após ressuscitar Jesus apareceu aos discípulos e disse: Tendes algo para comer? Ao ver que Lazaro tinha morrido Jesus chorou. Ao ver a multidão Jesus sentiu pena, pois eram ovelhas sem pastor. Em todos esses casos era a natureza humana de Jesus que se manifestava.
Jesus nasceu na cidade de Belém. Sua mãe é Maria Santíssima, e teve com pai adotivo na terra a São José. Ao nascer foi colocado numa manjedoura. O Rei do Universo, tornado homem, nasceu pobre e humilde para mostrar que veio salvar a todos e teve como primeiros visitantes os humildes pastores daquela região. Logo depois recebeu a visita dos reis do oriente, que vieram trazendo-lhes ouro, incenso e mirra. A salvação era para todos: ricos e pobres, grandes e pequenos, judeus e pagãos. Depois de alguns dias, fugiu com José e Maria para o Egito a fim de escapar da perseguição do Rei Herodes.

Quando regressaram a Israel após a morte de Herodes foram para Nazaré, na Galiléia. Aos doze anos Jesus foi encontrado no templo entre os doutores e por isso ficou dos doze aos trinta anos com seus pais em Nazaré, onde os ajudava.

Jesus iniciou sua vida publica por volta dos 30 anos. Jesus percorreu toda a região ensinando, curando e fazendo o bem, sempre seguido de seus doze apóstolos, seus discípulos e um pequeno grupo que o acompanhava, incluindo algumas piedosas mulheres.

Por volta dos 33 anos, Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados (Sexta-feira Santa) e com sua morte resgata a humanidade decaída. Jesus sofreu e morreu como homem porque como Deus ele não poderia sofrer e nem morrer.

Ficou morto durante três dias e ressuscitou ao terceiro dia (Domingo da Páscoa) realizando o maior de todos os milagres que foi a própria ressurreição. Vencendo a morte deu-nos a vida. A Páscoa é por isso a principal festa dos cristãos. Na Ascensão Jesus sobe aos céus após ficar 40 dias preparando os apóstolos para a missão da Igreja.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Posições na Santa Missa



RITOS INICIAIS
* Canto de entrada - de pé
* Acolhida e saudação - de pé
* Ato penitencial - de pé
* Hino de louvor (Glória) - de pé
* Oração "Coleta" - de pé


LITURGIA DA PALAVRA
* Monição para as leituras - sentados
* Proclamação da 1ª Leitura - sentados
* Salmo Responsorial - sentados
* Proclamação da 2ª Leitura - sentados
* Aclamação ao Evangelho - de pé
* Proclamação do Evangelho - de pé
* Homilia - sentados
* Profissão de fé - de pé
* Oração dos fiéis - de pé


LITURGIA EUCARÍSTICA
Preparação das Oferendas
* Apresentação das Ofertas - sentados
* Incensação da Assembléia - de pé
* Orai, irmãos! - de pé
* Oração sobre as Oferendas - de pé
Oração Eucarística ou Anáfora
* Prefácio e "Santo" - de pé
* Consagração do pão e do vinho - de joelho
* "Eis o Mistério da fé!" - de pé
* Continuação da Oração Eucarística - de pé
* Doxologia (Por Cristo...) - de pé
Rito da Comunhão
* Pai-Nosso e oração seguintes - de pé
* Distribuição da Comunhão - sentados
* Ação de graças - sentados
* Oração após a Comunhão - de pé


RITOS FINAIS
* Avisos da comunidade e convites - sentados
* Bênção final - de pé
* Despedida (Ide em paz!) - de pé


Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio