terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tempo Litúrgico

Cristo, Senhor do Tempo e da História


O tempo constitui uma experiência muito forte para o homem. Ele é fortemente marcado pelo tempo: nasce, cresce, se desenvolve sempre. Nunca consegue parar o tempo. Nasce como um bebê, engatinha, põe-se de pé e aprende a andar. Cresce, desenvolve-se na infância, logo chega à adolescência, torna-se adulto e, não demora, começam os sinais do tempo. Por fim, o homem volta à terra de onde saiu.

Durante sua vida, o homem experimenta diversas passagens. A primeira é a de gerações e de indivíduos por esta vida. Depois, a passagem dos dias e dos anos: o tempo solar. Também a passagem de ciclos da lua, marcando as semanas e os meses. Também pela alternância de dia e noite, trevas e luz, manhã e tarde.

Cristo é o Senhor do tempo: Ele nasceu e cresceu como nós. Chegou à idade adulta e morreu. Enfrentou as grandes angústias humanas, em especial a experiência da morte. Mas Ele a venceu, e promete que, com Ele, também a venceremos e penetraremos na eternidade, onde não há tempo.

A Liturgia se realiza segundo diversos tempos.

Medalha comemorativa do grande Jubileu do ano 2000
Tempo das gerações: é marcado principalmente pelos jubileus, quando a Igreja celebra ação de graças por um período de tempo determinado, normalmente a cada cinquenta anos. Também há a celebração dos centenários, dos milênios.

Tempo da vida: a Liturgia também se faz presente nos diversos momentos da vida, por meio da celebração dos Sacramentos, que celebram a vida, a maturidade, o amor conjugal, a morte.
Tempo solar: é a experiência de ano vivido no Ano Litúrgico. A Igreja relembra o mistério de Cristo, de sua Encarnação e Natividade até sua Ascensão, o dia de Pentecostes e a espera da vinda de Jesus. Relembrando os mistérios da vida do Salvador, distribui aos fiéis as riquezas do poder santificador e dos méritos de Cristo, de sorte que os torna presente novamente, para que os fiéis entrem em contato com eles e sejam repletos da graça da salvação.

O tempo Litúrgico se organiza em torno de duas celebrações principais, o Natal e o Tríduo Pascal, o período de preparação (Advento e Quaresma) e a comemoração que lhes é posterior (Tempo do Natal e Tempo da Páscoa) e pelo Tempo Comum (que celebra a caminhada do povo rumo a Deus até a segunda volta do Salvador).

O tempo
Tempo lunar: na experiência das passagens do tempo lunar, as semanas, a Igreja celebra a Páscoa do Senhor no primeiro dia da semana, o Dia do Senhor, o Domingo. Neste dia, os cristãos se reúnem para ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia, se lembrarem da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor e darem graças a Deus que os salvou. O Domingo é o dia de festa primordial que deve ser sempre lembrado com grande respeito, como dia de alegria e descanso.

Tempo diário: a cada dia se faz uma experiência de passagem de trevas para luz e de luz para as trevas, de noite para o dia e de dia para a noite. Nesta experiência diária, a Liturgia propõe a celebração do mistério pascal da Paixão, Morte, Sepultura e Ressurreição de Cristo. Isso é expresso na Liturgia das Horas, pelo louvor Matutino, na hora chamada Laudes, onde se celebra a ressurreição de Jesus e a vida nova dos cristãos em Cristo; e na hora vespertina, chamada Vésperas, onde se recorda a doação de Cristo na Cruz, a Eucaristia, o sacerdócio e o dom da Igreja. Nas outras horas menores, recorda os passos da paixão de Jesus e os mistérios da Igreja.

Eucaristia: é celebrada no tempo, mas não está vinculada ao tempo, pois é sempre atualização de um fato histórico, mas presente na eternidade. Todas as experiências do tempo podem ser celebradas pela Eucaristia: os tempos das gerações, os tempos da vida, dos anos, das semanas e dos dias.

Fonte: Apostila de coroinhas, Rodrigo Demetrio

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