quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dom Bosco e o sonho das duas colunas



Em 1862, o grande santo educador da juventude, teve um sonho profético, o qual narrou aos seus meninos. Nele via sobre duas colunas a salvação para a Igreja perante as dificuldades que ela atravessaria no futuro: a devoção a Nossa Senhora e ao Santíssimo Sacramento. A narração é do próprio São João Bosco.

"Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.

Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não vêem mais terra que a que têm debaixo dos pés. Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança que fere e transpassa todo aquilo contra o qual arremete. Estas naves estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.

A esta majestosa nave, provida de tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.

Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes a uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum.(Auxilio dos Cristãos)
Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e debaixo dela outro cartaz com estas palavras: Salus credentium.(Salvação dos crentes)

O comandante supremo da nave maior, que é o Romano Pontífice, ao perceber o furor dos inimigos e a situação difícil em que se encontram seus fieis, pensa em convocar a seu redor aos pilotos das naves ajudantes para celebrar conselho e decidir a conduta a seguir. Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do Papa. Celebram conselho; mas ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de suas respectivas naves.

Restabelecida por um momento a calma, O Papa reúne pela segunda vez aos pilotos, enquanto a nave capitã continua seu curso; mas a borrasca torna-se novamente espantosa.

O Pontífice empunha o leme e todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e grosas argolas unidas a robustas cadeias.

As naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado. As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.

Às vezes acontece que por efeito dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.

Disparam enquanto isso os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar. Então, os inimigos, acesos de furor começam a lutar empregando a armas curtas, as mãos, os punhos, as injúrias, as blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.

Quando eis aqui que o Papa cai ferido gravemente. Imediatamente os que lhe acompanham vão a ajudar-lhe e o levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas naves reina um júbilo inexprimível. Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o posto vacante. Os pilotos reunidos o escolheram imediatamente; de sorte que a notícia da morte do Papa chega com o da eleição de seu sucessor. Os inimigos começam a desanimar-se.

O novo Pontífice, vencendo e superando todos os obstáculos, guia a nave em volta das duas colunas, e ao chegar ao espaço compreendido entre ambas, a amarra com uma cadeia que pende da proa uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra cadeia que pende da popa a sujeita da parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de pedestal à Virgem Imaculada. Então produz-se uma grande confusão. Todas as naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais. Outras navezinhas que combateram valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde ficam amarradas.

Outras naves, que por medo ao combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali permanecem tranqüilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma calma absoluta."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Santo Antônio e o "milagre da mula" - França, 1227



Era o ano de 1227, e santo Antônio estava no sul da França, em Toulouse. Pregava sobre o Santíssimo Sacramento em uma região com marcante presença de adeptos da heresia albigense, a qual negava, entre outros dogmas, a presença real de Cristo na Eucaristia.


No meio da pregação, um homem levantou-se e contradisse o santo: “O senhor pode acumular argumentos, mas os fatos reais são totalmente contrários. Não é possível a presença de Cristo em um pedaço de pão consagrado. Se Ele realmente estivesse presente, isso deveria ser sentido por todas as criaturas. Portanto, pegue uma hóstia e eu pegarei minha mula. Se o animal respeitar esse pedacinho de pão, acreditarei que Jesus está realmente presente aí”.

Compreendendo tratar-se de uma inspiração divina, santo Antônio aceitou o desafio para dali a três dias. Durante esse tempo, o homem deixou sua mula sem alimento.
No dia marcado, a praça estava cheia após a missa. Santo Antônio caminhava com o Santíssimo Sacramento em direção à mula, a qual estava tão agressiva que não obedecia ao próprio dono. Ao aproximar-se da hóstia, a mula acalmou-se e ajoelhou-se perante o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

O dono do animal ajoelhou-se arrependido, e pediu perdão a todos por sua incredulidade, e converteu-se de sua heresia.

Milagre Eucarístico de Les Ulmes – França, 1668


No Milagre Eucarístico de Les Ulmes, durante a exposição do Santíssimo Sacramento, no lugar da Hóstia apareceu a forma de um homem que tinha os cabelos compridos castanhos-claros, o rosto resplandecente, as mãos cruzadas e vestido com uma túnica branca. Depois de uma meticulosa investigação, o Bispo autorizou o culto do Milagre. Atualmente só podemos ver o nicho que durante aproximadamente 130 anos guardou a Hóstia Milagrosa, pois durante a revolução francesa, o vigário de Puy-Notre-Dame consumou-a devotamente porque temia uma profanação.


No dia 2 de junho de 1668, no sábado da oitava de Corpus Christi, na pequena igreja de Les Ulmes o Santíssimo Sacramento foi exposto aos fiéis. O pároco da igreja, Nicolas Nezan começou a incensar o Ostensório enquanto todos cantavam o hino Pange lingua, “quando cantaram “Verbum caro Panem verum”, na Hóstia apareceu a forma de um homem de cabelos compridos e castanhos-claros, o seu rosto era resplandecente, as suas mãos estavam cruzadas e ele vestia uma túnica branca. O Santíssimo Sacramento estava exposto dentro do Tabernáculo, mas o sacerdote colocou-o sobre o altar para que todos pudessem vê-lo mais de perto. Toda a aparição durou um pouco mais de 15 minutos”.

No dia 13 de junho, o pároco comunicou o evento ao seu Bispo, Henry Arnaud, quem imediatamente ordenou uma investigação. No dia 25 de junho publicou uma carta pastoral com o “relato fiel” do Milagre. Entre as várias obras que descrevem objetivamente o Milagre, recordamos a Clypeus Theologiae, escrita pelo padre dominicano Gonet e publicada em 1669 pelo editor francês Bertier. No VIII volume, o padre Gonet fala desse Milagre.

O Bispo mandou que se difundisse amplamente a notícia desse acontecimento e por isso foram imediatamente ordenadas três xilogravuras: a primeira é de Edelynck de ótima qualidade, conservada em Paris, depois temos a de Jean Bidault de Saumur e finalmente a do editor Ernou de Paris.

Até o século XVIII na paróquia de Les Ulmes todos os anos, se celebrava o aniversário da aparição, mas infelizmente hoje só é possível ver o nicho onde, por aproximadamente 130 anos, a Hóstia do Milagre esteve guardada, porque durante a revolução francesa, o vigário de Puy- Notre-Dame, devotamente consumou-a, pois temia uma profanação.

Em 1901, na paróquia de Les Ulmes realizou-se o Congresso Eucarístico Internacional d’Angers e em julho de 1933, durante o Congresso Eucarístico Nacional se dedicou uma inteira sessão ao estudo do Milagre de 1668.

Milagre Eucarístico de Bettbrunn – Alemanha, 1125



O Milagre Eucarístico de Bettbrunn, conta a história de um camponês muito piedoso, que movido por um zelo excessivo, roubou uma Hóstia consagrada e levou-a à sua fazenda de Viehbrunn. Um dia a Hóstia caiu na terra e ninguém conseguia recolhê-la. Tentaram de tudo e nada, finalmente o Bispo de Regensburg conseguiu recolher a Partícula mas só depois de ter prometido ao Senhor construir uma igreja em sua homenagem. A notícia do Prodígio difundiu-se velozmente e atraiu numerosos peregrinos.


A construção do vilarejo de Bettbrunn e da atual igreja de São Salvador se deve a um Milagre Eucarístico ocorrido no ano de 1125. Atualmente, onde é o povoado e a igreja, antes era somente um sítio chamado Viehbrunn, porque aí por perto havia um poço que era usado para dar de beber aos animais. O proprietário era um homem profundamente devoto ao Santíssimo Sacramento, mas como ele morava a uma hora e meia de distância da paróquia de Tholling nem sempre conseguia ir à missa. Para solucionar essa situação decidiu então roubar uma Hóstia consagrada e levá-la para casa. O camponês pegou o bastão que tinha sempre consigo, fez um furo na ponta superior e aí colocou a Hóstia. Cada dia na hora do descanso dos animais, o camponês afundava o bastão no terreno e se ajoelhava diante do Santíssimo durante horas.

Essa situação durou meses, mas um dia, o camponês, sem querer, lançou impulsivamente o bastão que continha a Hóstia para deter um animal que estava afastando-se. A Hóstia, então caiu no chão e o pastor, profundamente dolorido, inclinou-se para recolhê-la. Todas as tentativas foram inúteis e não sabendo mais o que fazer, foi chamar o pároco de Tholling, mas nem ele consegui pegar a Hóstia; decidiram então chamar o Bispo de Regensburg, Hartwich, quem imediatamente foi ao local do Prodígio com todo o clero. Somente quando o Bispo prometeu construir naquele lugar uma capela, é que conseguiu tirar a Hóstia do chão.

No mesmo ano de 1125 o Bispo mandou construir a capela e a Relíquia foi conservada naquele lugar até 1330, ano em que um incêndio destruiu tudo. A capela foi reconstruída e dentro colocou-se uma das pilastras que se salvou do incêndio.

Milagre Eucarístico de Bagno de Romagna – Itália, 1412




Em 1412, o Padre Lázaro da Verona, naquela época Prior da Basílica de Santa Maria de Bagno di Romagna, enquanto celebrava a Santa Missa duvidou da Presença Real de Jesus no Santíssimo Sacramento. Mal tinha terminado de pronunciar sobre o vinho as palavras da Consagração, ele se transformou em sangue vivo e começou a ferver saindo do Cálice e derramando-se sobre o corporal. O Padre Lázaro, profundamente comovido e arrependido, confessou a sua falta de fé aos fiéis presentes e o grande Milagre que o Senhor tinha feito diante dos seus olhos.


Em Bagno di Romagna, na Basílica de Santa Maria Assunta, se conserva a Relíquia do Milagre Eucarístico do “Sacro Linho empapado de sangue”. O historiador Fortunio descreve o Milagre na sua célebre obra Annales Camaldulenses: “Era o ano de 1412 e a Abadia camaldolese de Santa Maria in Bagno (naquela época Priorado) era governada pelo padre Lázaro, oriundo de Veneto. Enquanto ele celebrava o divino Sacrifício, a sua mente foi ocupada, por obra do demônio, por uma forte dúvida sobre a Presença Real de Jesus no Santíssimo Sacramento; quando eis que viu que as sagradas espécies do vinho começaram a ferver e a sair do Cálice e espalhar-se sobre o Corporal em forma de vivo e pulsante sangue, ensopando dessa forma o Corporal. Podemos imaginar a emoção e a confusão do sacerdote naquele momento diante de um acontecimento assim grandioso. Chorando, ele se dirigiu aos presentes, confessando a sua falta de fé e o Milagre que tinha sido realizado diante dos seus olhos”.

O padre Lázaro foi transferido a Bolonha para ser capelão do mosteiro feminino camaldolese de Santa Cristina, e ficou lá até 1416, ano da sua morte. Os Camaldoleses, com muitos problemas, se encarregaram da paróquia de Bagno até a supressão napoleônica no ano de 1808; desde aquela época a Paróquia-Basílica de Santa Maria Assunta, depois de ser dirigida por um breve tempo pela diocese de Sansepolcro, no ano de 1975 passou definitivamente a fazer parte da diocese de Cesena.

Em 1912 o Cardeal Giulio Boschi, Arcebispo de Ferrara, mandou celebrar o V centenário do Milagre com uma reunião de estudos Eucarísticos. No ano de 1958, S.Exª. Domenico Bornigia, mandou analisar as manchas do Corporal do Milagre na Universidade de Florença onde se confirmou que eram de natureza hematológica. Na Basílica se encontra uma xilogravura, colorida e muito particular, do ano de 1400 chamada “Nossa Senhora do Sangue”. A imagem está situada na terceira capela à direita e é conhecida com esse nome porque, como refere o P. Benedetto Tenaci, abade de Bagno e testemunha ocular do Prodígio, no dia 20 de maio de 1498, do braço direito do ícone saiu sangue. Cada ano, durante a festa de Corpus Christi, o Corporal sai em procissão pelas ruas da cidade e é exposto todos os domingos de março a novembro, na missa das 11 da manhã.

Milagre Eucarístico de Douai – França, 1254



No Milagre Eucarístico de Douai, enquanto um sacerdote distribuía a comunhão aos fiéis, sem querer, deixou cair no chão uma Hóstia consagrada. Imediatamente se abaixou para pegá-la, mas ela se elevou sozinha, voou e pousou no purificador. Em seguida, no seu lugar apareceu um Menino lindíssimo e todos os fiéis e religiosos que presenciavam a celebração puderam contemplálo. Apesar de que transcorreram mais de 800 anos, ainda hoje é possível admirar a Hóstia do Milagre. Todas as quintas-feiras, na igreja de São Pedro de Douai, numerosos fiéis se reúnem em oração diante da Hóstia Prodigiosa.


Bonum universale de Apibus é o nome da obra escrita por uma testemunha ocular desse Milagre, o dominicano Thomas de Cantimpré, doutor em teologia e Bispo “sufragâneo” de Cambrai.

Na Páscoa de 1254, na igreja de Santo Amado, em Douai, o sacerdote que estava distribuindo a Comunhão, sem querer, deixou uma Hóstia consagrada cair no chão. Imediatamente ele se abaixou para pegá-la, mas ela se elevou sozinha, voou e pousou no purificador. Em seguida, no lugar da Hóstia apareceu um Menino lindíssimo e todos os fiéis e religiosos que presenciavam a celebração puderam contemplá-lo.

A notícia difundiu-se velozmente e o Bispo de Cambrai Thomas de Cantimpré foi imediatamente a Douai para constatar pessoalmente os fatos que ele mesmo descreve: “Fui imediatamente ver o decano da igreja e quando o encontrei, pedi-lhe que me mostrasse o Milagre. Muitos fiéis me seguiram. O decano, então, abriu a caixa na qual ele tinha colocado a Hóstia do Milagre, mas no momento eu não vi nada de especial, contudo eu era consciente de que nada me impedia de ver o Sacro Corpo como viram os demais. Nem tive muito tempo para fazer-me muitas perguntas, porque olhando novamente a Hóstia vi a imagem do rosto de Cristo coroado de espinhos com duas gotas de sangue que escorriam da testa. Imediatamente me ajoelhei e em lágrimas, dei graças a Deus”. É seguro que em 1359, um século depois da aparição, todos os anos se celebrava na Quarta-feira de Páscoa uma festa em memória do Milagre do Santíssimo Sacramento e o documento que dá testemunho disso indica que este uso existia há muito tempo.

A preciosa Relíquia do Milagre foi conservada e venerada até a época da Revolução, depois perdeu-se a pista durante muitos anos. Mas, em outubro de 1854, o pároco da igreja de São Pedro em Douai, por acaso, achou debaixo do Cristo do altar dos defuntos, uma caixa de madeira que continha uma pequena Hóstia branca degenerada nas extremidades. O sacerdote achou também uma carta escrita em latim que atesta: “Eu, subscritor, cônego da insigne igreja de Santo Amado, atesto que esta é a verdadeira Hóstia do Santo Milagre que felizmente recolhi e salvei do perigo iminente da profanação. Eu mesmo a coloquei nessa píxide e deixei este atestado escrito com próprio punho e letra para os fiéis que a descobrirão no futuro (5 de janeiro de 1793)”.

Milagre Eucarístico de Dijón – França, 1430




No Milagre Eucarístico de Dijón, uma senhora comprou um Ostensório que continha ainda a Hóstia Magna. A mulher decidiu, então, usar uma faca para tirar a Hóstia, mas ela começou a soltar Sangue vivo que imediatamente se secou deixando impressa a imagem do Senhor sentado num trono semicircular, dos dois lados do trono haviam imagens de alguns instrumentos da Paixão. A Partícula se manteve intacta por mais de 350 anos até o dia em que foi destruída por revolucionários em 1794.


No ano de 1430, em Mônaco, uma mulher comprou de um vendedor de coisas velhas, um Ostensório que seguramente era roubado porque continha ainda a Hóstia Magna usada para a Adoração. A mulher, sendo muito ignorante sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, decidiu tirá-la do Ostensório com uma faca. De repente a Hóstia começou a soltar Sangue vivo mas ele se secou imediatamente deixando impressa as imagens de Jesus sentado num trono semicircular e de alguns instrumentos da Paixão.

A mulher, perturbada, foi falar com o cônego Anelon, quem ficou com a Hóstia. O Papa Eugênio IV rapidamente tomou conhecimento do episódio e quis doar a Hóstia milagrosa ao duque Felipe de Borgonha, quem por sua vez doou à cidade de Dijón. Sabemos com certeza que em 1794 a Hóstia milagrosa estava na Basílica de São Miguel Arcanjo, mas no dia 9 de fevereiro daquele mesmo ano o município de Dijón requeriu a igreja para consagrá-la como templo da nova seita “La Raison”, que quer dizer “deusa razão” e a Hóstia milagrosa foi queimada.
Os documentos e as obras de arte que ilustram o Milagre são numerosos, por exemplo um dos vitrais da Catedral de Dijón mostra a cena principal do Prodígio.

Milagre Eucarístico de Kranenburg bei Kleve – Alemanha, 1280




Em 1284 na cidadezinha de Kranenburg bei Kleve, ocorreu um Milagre conhecido como “o crucifixo milagroso”. Um pastor que não conseguia engolir a Hóstia consagrada por causa de uma doença, cuspiu-a perto de uma árvore. Quando a árvore foi cortada pela metade de dentro dela saiu um crucifixo perfeitamente talhado. Uma igreja foi construída nesse lugar e ainda hoje recebe numerosos peregrinos. Papas e Bispos sempre incentivaram o culto ao Crucifixo Milagroso concedendo privilégios e indulgências; a última concedida foi no ano 2000.


Muitos documentos descrevem o milagre ocorrido em 1280. Um pastor de Kranenburg depois de ter recebido a Comunhão, não podendo engoli-la, cuspiu-a perto de uma árvore do seu jardim. Cheio de remorsos, o homem foi contar ao pároco que imediatamente foi ao lugar do delito para procurar a Hóstia, mas foi tudo em vão.

Depois de alguns anos o homem decidiu derrubar a árvore que foi primeiro cortada em duas partes. Assim que a cortou, de dentro dela saiu um crucifixo perfeitamente talhado que caiu no chão. A notícia de que um crucifixo “cresceu de uma Hóstia consagrada”, propagou-se velozmente. Os Bispos de Colônia e o Conde de Kleve interessaram-se pessoalmente pelo Milagre e desde então, começaram as numerosas peregrinações. Em 1408 os cidadãos de Kranenburg começaram a construir uma igreja em memória do Milagre. A construção terminou em 1444. A igreja é dos exemplos mais significativos do estilo gótico da zona do baixo Reno.

Milagre Eucarístico de Seefeld – Áustria, 1384



A cidadezinha de Seefeld é meta de numerosas peregrinações por causa de um Milagre Eucarístico ocorrido no ano de 1348. O cavaleiro Oswald Milser, durante a Missa de Quinta-feira Santa pretendeu que o sacerdote lhe desse a Comunhão com a Hóstia Magna, mas no momento em que estava para recebê-la o chão tremeu, abriu-se e Oswald foi sugado. O Sacerdote, então, levou a Hóstia ao Altar e ela começou a sangrar.


Na cidadezinha de Seefeld, Oswald Milser, castelão de Schloßberg, no dia 25 de março de 1384, na Missa da Quinta-feira Santa, exigiu receber a Comunhão com a Hóstia Magna, a mesma do sacerdote celebrante. Mas no momento em que ia receber a Comunhão, o chão começou a mover-se e se abriu; Oswald agarrou-se ao Altar para não cair e o sacerdote imediatamente tirou a Hóstia da sua boca. O chão então parou de tremer e a Hóstia começou a sangrar. Muitas pessoas foram testemunhas desse Milagre e rapidamente a notícia se espalhou por toda a nação. O próprio Imperador Maximiliano I foi muito devoto do Milagre. Ainda hoje é possível visitar a Igreja de Santo Oswaldo na qual são expostos a preciosa Relíquia da Hóstia manchada de Sangue e muitos quadros do Milagre.

Milagre Eucarístico de Alatri – Itália, 1228



A Catedral de São Paulo em Alatri guarda a Relíquia do Milagre Eucarístico ocorrido em 1228 quando uma Hóstia se transformou em Carne. Uma jovem que queria reconquistar o amor do seu namorado procurou uma feiticeira. A maga mandou que a jovem roubasse uma Hóstia Consagrada para fazer um feitiço de amor. Durante a Missa a moça conseguiu pegar a Hóstia e escondê-la num pedaço de pano. Quando ela chegou em casa viu que a Hóstia tinha se transformado em Carne ensanguentada. Numerosos documentos falam sobre esse Milagre, entre eles uma Bula do Papa Gregório IX.


O testemunho mais fidedigno desse Milagre é a Bula Fraternitas tuae escrita pelo Papa Gregorio IX (13 de março de 1228), na qual o Pontífice responde às perguntas do Bispo de Alatri, Giovanni V. Eis o texto da Bula Pontifícia: “Gregório, Bispo, servo dos servos de Deus ao
venerável irmão e Bispo de Alatri, saúde e benção Apostólica. Nós recebemos a tua carta, caríssimo irmão, na qual nos informas sobre uma certa jovem que, influenciada pelo mau conselho de uma mulher malvada, depois de ter recebido do sacerdote o Sagradíssimo Corpo de Cristo, reteve-o na boca até achar o momento propício para escondê-lo num pedaço de pano. Nos informas também que três dias depois, o Corpo do Senhor, que tinha sido recebido em forma de pão, foi encontrado em forma de Carne e que até hoje qualquer pessoa pode vê-la com os seus próprios olhos. Já que as duas mulheres humildemente confessaram tudo, desejas o nosso parecer sobre qual punição infligir às culpadas. Em primeiro lugar, devemos agradecer com todas as nossas forças Àquele que, sempre obrando de maneira maravilhosa em cada coisa, algumas vezes repete milagres e provoca novos prodígios, para que, fortificando a fé na verdade da Igreja Católica, sustentando a esperança e despertando a caridade, chame os pecadores, converta os pérfidos e confunda a maldade dos hereges.

Portanto, caro irmão, por meio desta carta apostólica, dispomos que tu dês uma punição mais leve à jovem, que cremos ter agido delinqüentemente mais por debilidade que por maldade, especialmente porque acreditamos que está suficientemente arrependida já que confessou o seu pecado. À instigadora, que com a sua perversão, levou a jovem a cometer este sacrilégio, depois de que tenhas aplicado, a teu critério, as medidas disciplinares oportunas, impõe que ela visite e confesse humildemente o seu reato aos Bispos mais próximos e implore o perdão deles com devota submissão”. O Sumo Pontífice interpretou o episódio como um sinal contra as heresias sobre a presença real de Jesus na Eucaristia e perdoou as duas mulheres arrependidas. Por ocasião do 750º aniversário do Milagre, mandou-se cunhar uma medalha comemorativa. A medalha mostra, de um lado, a fachada da Catedral sobreposta ao Relicário da Hóstia Encarnada e do outro o busto do Papa Gregório IX com a Bula Pontifícia.

Milagre Eucarístico de Herkenrode-Hasselt – Bélgica, 1317




Na Catedral de São Quintino em Hasselt está exposta a Relíquia do Milagre Eucarístico ocorrido em Herkenrode em 1317. No decorrer dos séculos foram realizadas numerosas análises para constatar a conservação milagrosa da Hóstia consagrada que sangrou, lembramos as realizadas no século XVIII pelo Núncio Apostólico Carafa e pelo Bispo de Liegie e as realizadas pelo Arcebispo de Malines durante uma visita da arquiduquesa Isabela.


No dia 25 de julho de 1317, o pároco da igreja de Viversel foi à casa de um dos seus paroquianos que estava muito doente para levar-lhe os Santos Sacramentos. Chegando lá, colocou a bolsa que continha a píxide com a Hóstia consagrada numa mesa na entrada da casa e foi confessar o doente. Um familiar curioso abriu a bolsa e sem que ninguém percebesse, pegou a píxide, levantou a tapa e meteu a mão. Quando se deu conta de que dentro da bolsa tinha uma Hóstia, imediatamente colocou tudo em ordem. Enquanto isso, o sacerdote tinha já saído do quarto do doente para pegar a Hóstia e dar-lhe a comunhão. Pegou a bolsa e quando abriu a píxide viu que a Hóstia que ele tinha consagrado durante a missa estava manchada de sangue e estava grudada no linho que cobria o fundo do recipiente. Perturbado e em pânico, inventou uma desculpa e saiu correndo da casa e foi procurar o pároco de Lumen para contar o que tinha acontecido. Ele aconselhou-o a levar a Partícula à Abadia de Herkenrode.

No dia 1º de agosto de 1317, o sacerdote partiu levando consigo a Píxide. Durante a viagem aconteceram fatos extraordinários e assim que chegou ao mosteiro de São Bento mostrou a todos os religiosos a Partícula manchada de Sangue. Depois disso, na Hóstia apareceu o rosto de Cristo coroado de espinhos e existem numerosos testemunhos; na Catedral de Hasselt, por exemplo, encontramos um quadro no qual está pintado um redil ajoelhado enquanto um sacerdote passa com a Santa Relíquia (nesse lugar, denominado Sacrementsberg, foi edificada uma pequena capela em memória perpétua do milagre). Logo em seguida, “o Santo Sacramento do Milagre” que foi colocado num Relicário e exposto para a veneração dos fiéis fez várias curas e protegeu o Mosteiro de Herkenrode de um incêndio.

A Relíquia do Milagre foi conservada na Abadia até o ano de 1796. Em 1804 foi transferida na igreja de São Quintino de Hasselt.

Milagre Eucarístico de Gruaro – Itália, 1294




Entre os documentos mais fidedignos que descrevem o Milagre Eucarístico ocorrido em Gruaro no ano de 1294 está o do historiador Antônio Nicoletti (1765). Uma mulher estava lavando uma das toalhas do altar da Igreja de São Justo num tanque construído à beira da Fossa Versiola. De repente, o linho da Toalha tingiu-se de sangue. Observando com mais atenção, a mulher notou que o sangue saía de uma Partícula consagrada que ficou entre as pregas da toalha.


A Relíquia está conservada na Igreja do Santíssimo Corpo de Cristo em Valvasone, mas o Milagre ocorreu em Gruaro. No ano de 1294, uma jovem que ajudava na Igreja dirigiu-se ao tanque da Fossa Versiola, para lavar a toalha do altar da Igreja de São Justo de Gruaro. De repente a mulher reparou que uma Hóstia consagrada tinha ficado entre as pregas da toalha e que dela saía sangue. Assustada com o que estava acontecendo foi correndo avisar o pároco, quem por sua vez informou o Bispo de Concordia, Giacomo d’Ottonello da Cividale. Uma vez que os fatos foram constatados, o Bispo pediu para ficar com a toalha do Milagre na sua Catedral em Concordia. Mas o pároco de Gruaro e a família dos Condes de Valvasone, que tinha poder de jurisdição sobre as igrejas de Gruaro e de Valvasone também queriam ficar com a toalha.

Não foi possível chegar a um acordo e por isso a contenda foi parar na Santa Sé, que por fim autorizou que os Condes ficassem com a Relíquia em Valvasone, sob a condição de que mandassem construir uma Igreja dedicada ao Santíssimo Corpo de Cristo. A Construção da Igreja terminou no ano de 1483.

O documento mais fidedigno e antigo que descreve o Milagre é um rescrito do ano de 1454 do Papa Nicolau V. Foi então que o nome da igreja de Santa Maria e São João Evangelista, foi mudado, por ordem do Papa Nicolau V, para Igreja do Santíssimo Corpo de Cristo (28 de março de 1454). Atualmente a toalha é conservada dentro de um cilindro de cristal, sustentado por um precioso relicário de prata feito pelo ouríve Antônio Galligari. A festa da Sacra Toalha, que conta com a participação dos sacerdotes e da comunidade de Valvasone, se celebra na V Quinta-feira da Quaresma, ao final da jornada de adoração do Santíssimo Sacramento. Durante a festa de Corpus Christi, a relíquia sai em procissão com o Santíssimo Sacramento.

Milagre Eucarístico de Herentals – Bélgica, 1412




No milagre Eucarístico de Herentals, algumas Hóstias roubadas foram achadas depois de oito dias perfeitamente intactas, apesar das chuvas. As Partículas foram encontradas num campo perto de uma toca de coelhos, rodeadas por uma forte luz e dispostas em forma de cruz. Todos os anos, dois quadros do pintor Antoon van Ysendyck saem em procissão até o campo no qual foi construído o pequeno Santuário – De Hegge. Ali, se celebra uma missa para comemorar o Milagre. As duas pinturas que descrevem o milagre atualmente estão conservadas na Catedral de Sint-Waldetrudiskerk em Herentals.


Em 1412, um tal Jan van Langestede, alojou-se numa hospedaria mais ou menos distante da cidadezinha de Herentals. O homem era um ladrão que roubava objetos sagrados das igrejas e depois os revendia por toda Europa. No dia seguinte da sua chegada a Herentals, foi ao vilarejo de Poederlee, entrou na igreja e sem que ninguém percebesse, roubou o cálice e o cibório com cinco Hóstias consagradas dentro.

Enquanto caminhava rumo a Herentals, na zona conhecida como “De Hegge” (O Tapume), sentiu que uma força misteriosa lhe impedia de continuar o seu caminho. Quis, então jogar as Hóstias no rio e por mais que tentasse, não conseguia, desesperado, Jan tentou escondê-las num campo, mais precisamente numa grande toca de coelhos. Como correu tudo bem, Jan pôde regressar tranquilamente a Herentals. Enquanto isso, o juiz da cidade, Gilbert De Pape, já tinha começado as buscas para descobrir quem tinha roubado a igreja de Poederlee e entre os suspeitos estava o nosso Jan.

A polícia revistou a sua bagagem e encontrou o cálice e o cibório. Jan então confessou tudo, exceto que havia jogado fora as Hóstias. Foi condenado à forca imediatamente. Quando Jan estava no palanque, um sacerdote animou-o a confessar-se para salvar a sua alma e foi assim que ele confessou completamente a sua culpa indicando inclusive o lugar onde tinha escondido as Hóstias roubadas.
O juiz suspendeu a execução e ordenou que Jan mostrasse o lugar exato onde tinha deixado as Partículas, foram, então, ao campo seguidos por uma multidão. Assim que chegaram lá, viram as Hóstias radiantes dispostas em forma de cruz, elas estavam intactas apesar de terem passado a noite ao ar-livre. Em seguida, uma parte das Hóstias foi levada em procissão a Herentals e outra parte a Poederlee onde ficou até o século XVI. No dia 2 de janeiro de 1442, o Milagre foi declarado autêntico pelo magistrado de Herentals e no lugar onde as Hóstias foram encontradas construiu-se uma pequena capela que recebeu a visita de numerosos prelados, entre eles, Jean Malderus, Bispo de Anversa (1620) e o Papa Bento XIV (1749). A filha de João de Luxemburgo, Elisabeth Van Görlitiz, financiou a ampliação da Capela que posteriormente foi transformada em Santuário.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Milagre Eucarístico de Blanot – França, 1331



No Milagre Eucarístico de Blanot, durante a Missa de Páscoa do ano de 1331, no momento da Comunhão, o sacerdote, sem querer, deixou cair um pedacinho de Hóstia sobre a toalha. O pároco quis imediatamente recolhê-lo, mas foi impossível, o fragmento tinha se transformado em Sangue e deixou uma mancha espessa na toalha. Até hoje no vilarejo de Blanot se conserva a Relíquia da toalha manchada de Sangue.

No século XIV, Blanot era um pequeno vilarejo no centro da França e fazia parte da diocese de Autun. No ano em que esse Milagre ocorreu, o Bispo da cidade, Pierre Bertrand, mandou que um oficial da cúria, chamado Jean Jarossier fizesse uma investigação. Por isso, o relatório detalhado dos fatos ainda está disponível: “No dia da Páscoa do ano de 1331, na Hora Prima, o padre Hugues de la Baume, vigário de Blanot, celebrou a primeira Missa do dia, mas quando foi dar a comunhão a Jacquette, viúva de Regnaut d’Effour, um fragmento da Hóstia caiu na toalhinha que dois “probiviri” (1) seguravam. Um deles se chamava Thomas Caillot. A senhora Jacquette não percebeu nada, mas Thomas viu a partícula caída e avisou ao sacerdote que já estava colocando a píxide sobre o Altar: “Reverendo, regressa porque o Corpo de Nosso Senhor caiu da boca dessa senhora sobre a toalha”. O celebrante regressou imediatamente para recolher o pedacinho, mas de repente a fração, que equivalia a um quinto da hóstia, desapareceu e no seu lugar apareceu uma gota de sangue. Vendo isso, o Vigário levou a toalha para a sacristia e começou a lavar com água a parte onde o sangue aparecia. Porém, mesmo depois de ter lavado e esfregado a toalha repetidas vezes, a gota ficava cada vez mais vermelha e mais ampla.

O Vigário maravilhado e comovido pediu uma faca emprestada a Thomas Caillot, cortou a parte vermelha da toalha e colocou-a num relicário, depois mostrou aos fiéis dizendo: “Minha boa gente: aqui está o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque eu lavei e torci esta toalha repetidas vezes e não consegui tirar esta mancha dela”. Todos os anos na cidadezinha de Blanot se rende homenagem à Relíquia do Milagre no dia da Festa de Corpus Christi.

1 “Conselho de homens probos”. Eram conselhos encarregados de resolver questões trabalhistas da época. I Probiviri representavam a autoridade, os empregados e empregadores.

Milagre Eucarístico de Faverney – França, 1608



Na vigília da festa de Pentecostes, os monges de Faverney decidiram expor o Santíssimo Sacramento, mas no meio da noite, a igreja incendiou-se e o fogo destruiu o altar e vários objetos sacros. Porém, o Ostensório com a Hóstia Magna ficou ileso; dias depois ele foi encontrado flutuando no ar. A Partícula milagrosa ainda hoje existe e todos os anos numerosos peregrinos visitam o Milagre.

No século XVII, o protestantismo, em particular o calvinismo difundiu-se rapidamente em França por causa das vantagens materiais que a nova religião concedia aos membros da nobreza e do clero oriundo da Igreja Católica. Essa situação era arriscada para a Fé das pessoas e semeava dúvidas inclusive nos mosteiros.

Na cidade de Faverney existia uma Abadia beneditina cujos monges viviam relaxadamente a regra do seu fundador, mantinham vivo somente o culto a Nossa Senhora de La Blanche, conhecida nas redondezas por ser muito milagrosa. Realmente, pela sua intercessão se realizaram muitos milagres, por exemplo, duas crianças que morreram sem o batismo, regressaram à vida.

Em 1608, na vigília da festa de Pentecostes, os monges decidiram preparar um altar para a exposição e adoração do Santíssimo Sacramento. A luneta do Ostensório era muito ampla e por essa razão decidiram colocar duas Hóstias. No final das Vésperas os monges deixaram o Santíssimo exposto no altar provisório. No dia seguinte, o sacristão abriu a igreja e encontrou-a cheia de fumaça e o altar reduzido à cinzas; começou, então a gritar e os religiosos e outras pessoas vieram correndo. Na esperança de encontrar qualquer resto do Ostensório, iniciaram a buscá-lo entre as cinzas, mas quando a fumaça se dissipou viram, atônitos, que o Ostensório flutuava no ar.

Uma multidão de gente começou a chegar para ver o Milagre Eucarístico das Hóstias que saíram ilesas do incêndio. Os religiosos estavam pasmados e incapazes de tomar uma decisão, pediram conselhos aos frades capuchinhos de Vesoul. Eles prepararam imediatamente um novo altar em cima daquele queimado e celebraram a Santa Missa. No momento da elevação da Hóstia o Ostensório lentamente desceu e pousou no altar.

No final do processo canônico, no dia 10 de julho, o Arcebispo de Besançon declarou que o Milagre era autêntico e no dia 13 de Setembro o Arcebispo de Rodes, que era Núncio em Bruxelas, levou o Milagre ao conhecimento do Papa Paulo V quem concedeu indulgências através de uma Bula.

O Milagre reavivou a fé de muitas pessoas. Em 1862 a Congregação para os Ritos autorizou a celebração em memória do Milagre. Em 1908, comemorou-se solenemente o seu terceiro centenário com um Congresso Eucarístico Nacional. Hoje em dia, é possível ver e venerar a Relíquia que contém uma das Hóstias que ficaram ilesas, a outra Hóstia foi doada à igreja de Dole; mas infelizmente, revolucionários a destruíram em 1794.

Milagre Eucarístico de Chirattakonam – Índia, 2001


Este Milagre Eucarístico ocorreu recentemente, no dia 5 de maio de 2001 em Trivandrum. Na Hóstia apareceu o rosto de um homem similar ao de Cristo coroado de espinhos. Sua Beatitude Cyril Mar Baselice, Arcebispo dessa Diocese escreveu sobre esse Prodígio: “...Para nós que temos fé, o que vimos é algo que desde sempre acreditamos ...Se o Nosso Senhor está falando conosco através deste sinal, temos certamente que responder.” A Hóstia está conservada num Ostensório dentro da igreja.


Padre, Frei Johnson Karoor, pároco da igreja na qual ocorreu esse Milagre Eucarístico conta no seu depoimento: “no dia 28 de abril de 2001, na igreja da paróquia de St. Mary of Chirattakonam, iniciamos, como todos os anos, a novena de São Judas Tadeu. Às 8:49 da manhã, expus o Santíssimo Sacramento e comecei a Adoração pública. Depois de alguns minutos vi que apareceram três pontinhos na Santa Eucaristia. Deixei então de rezar e comecei a olhar o Ostensório. Chamei à atenção dos fiéis para os três pontos e lhes pedi que continuassem a rezar. Coloquei então o Ostensório dentro do Tabernáculo. No dia 30 de abril, celebrei a Santa Missa e no dia seguinte parti para Trivandrum.

Na manhã do dia 5 de maio de 2001, que caía num sábado, abri a igreja para a celebração da missa, me preparei e fui abrir o Tabernáculo para ver que coisa tinha acontecido à Eucaristia que estava no Ostensório. Imediatamente reparei que nela estava figurado um rosto humano. Fiquei muito perturbado e pedi aos fiéis que se ajoelhassem e começassem a rezar. Pensava que só eu via o rosto e perguntei ao coroinha que coisa ele via no Ostensório. Ele respondeu: “vejo a figura de um homem.” Notei que os fiéis olhavam fixamente o Ostensório.

Começamos a Adoração e a figura do homem, com o passar do tempo era cada vez mais nítida. Não tive a coragem de falar nada e comecei a chorar. Durante a Adoração temos o costume de ler um versículo da Sagrada Escritura e a citação daquele dia era aquela do capítulo 20 do Evangelho de São João que narra a aparição de Jesus Ressuscitado a São Tomé na qual o Senhor pede que o apóstolo veja as suas chagas. Consegui dizer umas poucas palavras na Homilia e tendo que ir a celebrar a Missa na paróquia vizinha de Kokkodu, mandei chamar um fotógrafo para tirar fotos da Santa Eucaristia com o rosto humano. Duas horas depois as fotos estavam reveladas e a cada foto o rosto era sempre mais nítido.”

Milagre Eucarístico de Ludbreg – Croácia, 1411


Em Ludbreg, no ano de 1411 durante a Missa, um sacerdote duvidou que nas espécies eucarísticas consagradas estivesse realmente presente o Corpo e o Sangue de Cristo. Imediatamente depois da consagração o vinho se transformou em Sangue. Ainda hoje, a Relíquia do Sangue do Milagre atrai milhares de fiéis e todos os anos, no início de mês de setembro, durante uma semana se celebra a “Sveta Nedilja” – o “Santo Domingo” para homenagear este Milagre Eucarístico.


No ano de 1411, em Ludbreg um sacerdote foi celebrar uma Missa na capela do castelo dos condes Batthyany, mas quando ele estava consagrando o vinho duvidou que a transubstanciação acontecesse realmente e nesse momento o vinho se transformou em Sangue.

O Sacerdote, sem saber como proceder, por fim resolveu emparedar a Relíquia atrás do altar principal e o pedreiro que fez esse trabalho foi obrigado a guardar silêncio. O Sacerdote guardou o seu segredo até os últimos momentos da sua vida, quando finalmente revelou tudo. Depois da revelação do padre, a notícia se espalhou rapidamente e todos começaram a peregrinar a Ludberg.

A Santa Sé mandou então que a Relíquia do Milagre fosse conduzida à Roma e ficasse lá por alguns anos. Os moradores de Ludberg e das vizinhanças continuaram a fazer peregrinações rumo à capela do castelo.

A inícios de 1500, durante o pontificado do Papa Julio II, uma comissão foi convocada a Ludbreg para investigar os fatos relacionados ao Milagre Eucarístico.

Muitas pessoas testemunharam que foram curadas milagrosamente quando estavam em oração diante da Relíquia. No dia 14 de abril de 1513, o Papa Leão X publicou uma Bula na qual se autorizava a veneração da Santa Relíquia que ele mesmo tinha levado em Procissão pelas ruas de Roma. A Relíquia depois foi restituída à Croácia.

Durante o século XVIII, a Croácia setentrional foi arrasada pela peste e todo o povo implorou ajuda a Deus e o Parlamento croata reunido na sessão do dia 15 de dezembro de 1739, em Varazdin prometeu-Lhe construir uma capela em Ludbreg em memória do Milagre se a peste terminasse. A peste cessou mas só foi possível cumprir a promessa em 1994, com o restabelecimento da democracia na Croácia.

Milagre Eucarístico de Guadalupe – Espanha, 1420



Durante a celebração da Missa, um sacerdote viu muitas gotas de Sangue cair da Hóstia consagrada. O Milagre reforçou a fé do sacerdote e de muitos fiéis, entre eles o rei de Castilha. Os documentos que atestam o Milagre são muitos e as Relíquias do Prodígio foram expostas para a veneração dos fiéis durante o Congresso Eucarístico de Toledo em 1926 e ainda hoje são objeto de profunda devoção de todo o povo espanhol.


Ainda hoje é possível admirar no Santuário de Guadalupe, na região de Toledo, as Relíquias do Corporal e da Pala ensangüentada (a Pala é um pequeno pedaço de tela quadrada de linho, que serve para tapar o Cálice e a Patena), usados durante a Missa Milagrosa rezada pelo venerável padre Pedro Cabañuelas, quem sempre se distinguiu pela sua devoção à Santíssima Eucaristia e pelas longas horas que passava, de dia e de noite, adorando o Santíssimo Sacramento; porém ele estava sofrendo uma forte tentação: duvidava da transubstanciação, mas em 1420 todas as suas dúvidas foram dissipadas.

Como costumava fazer todos os dias, o padre Pedro começou a celebrar a Santa Missa e no momento da consagração viu uma nuvem densa que descia e cobria o altar. Não era possível ver nada. Então o sacerdote começou a suplicar ao Senhor que dissipasse as suas dúvidas. Lentamente, a nuvem começou a esvanecer-se e ele viu que a Hóstia estava elevada sobre o Cálice e que dela caíam grossas gotas de Sangue que encheram completamente o Cálice e transbordaram, caindo no Corporal e na Pala.

Naquele momento o sacerdote escutou uma voz que dizia: “Termina a Santa Missa e por agora não reveles a ninguém o que viste.” O Milagre foi em seguida divulgado pelos próprios irmãos do padre Pedro e a notícia se difundiu em toda a Espanha até chegar ao Rei de Castilha, Dom Juan II e à Rainha, Dona Maria de Aragão, os quais ficaram tão devotos do Milagre que pediram ser sepultados perto do venerável padre Pedro Cabañuelas.

Milagre Eucarístico de Bolsena – Itália, 1264





Um sacerdote de Praga que viajava pela Itália, um dia estava celebrando a Missa na Basílica de Bolsena, quando no momento da consagração ocorreu um Prodígio: a Hóstia transformou-se em Carne. Este Milagre robusteceu a fé do sacerdote que duvidava da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV e Santo Tomás de Aquino examinaram as Sacras Espécies e o Pontífice decidiu estender a festa de Corpus Christi a toda a Igreja “para que este excelso e venerável Sacramento seja para todos peculiar e insígne memorial do extraordinário amor de Deus por nós.”


Recentes pesquisas estão de acordo com os testemunhos de antigas fontes históricas que dizem que o Milagre de Bolsena ocorreu no verão de 1264.

Um sacerdote Boemo, Pedro de Praga, esteve na Itália para ter uma audiência com o Papa Urbano IV, quem naquele verão estava em Orvieto acompanhado por Santo Tomás de Aquino e vários outros teólogos e cardeais.

Depois que o Papa recebeu o sacerdote, ele regressou a Boêmia, mas no meio do caminho se deteve em Bolsena e celebrou uma Missa na igreja dedicada a Santa Cristina. No momento da consagração, quando ele pronunciou as palavras que permitem a transubstanciação, ocorreu o Milagre cuja descrição está gravada numa lápide: “De repente, naquela Hóstia apareceu claramente uma carne verdadeira banhada em Sangue, exceto a partezinha que estava entre os dedos do sacerdote: o que não ocorreu sem mistério, mas para que fosse mais evidente a todos que a carne era realmente aquela Hóstia elevada acima do cálice pelas mãos do celebrante”.

Com esse Milagre, o Senhor reforçou a fé de Pedro de Praga, um sacerdote de grandíssima piedade e retidão moral, mas que infelizmente duvidava da presença de Cristo sob as espécies do pão e do vinho, isto é sob as aparências sensíveis do pão e do vinho. A notícia difundiu-se rapidamente e o Papa e Santo Tomás de Aquino puderam ver imediatamente o Milagre. Depois de un exame minucioso Urbano IV aprovou a sua autenticidade e decidiu que o Santíssimo Corpo do Senhor deveria ser adorado através de uma festa particular e exclusiva e foi assim que estabeleceu que a festa de Corpus Christi, uma festa da diocese de Liégi, fosse estendida a toda a Igreja Universal. O Papa também pediu a Santo Tomás que escrevesse a liturgia que acompanharia a Bula “Transiturus de hoc mundo ad Patrem” que expõe as razões pelas quais a Eucaristia, quer dizer, a Presença Real de Cristo é tão importante.

Fonte: www.thepresencereal.com

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Corpus Christi



«Por mais que a Eucaristia seja solenemente celebrada todos os dias, acreditamos ser justo que, ao menos uma vez ao ano, seja comemorada com mais honra. Outras coisas que nós recordamos, as apreendemos com o espírito e com a mente, mas nem por isso obtemos a real presença delas. Mas, nesta comemoração sacramental do Cristo, ainda que sob outra forma, Jesus está presente no meio de nós com a sua própria substância. De fato, antes de subir aos céus disse: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. (Mt 28,20)». Bula Transiturus de Hoc Mundo

Foi Santa Juliana de Liégi, uma monja do Mosteiro de Mont Cornillon, quem impulsou a instituição da festa de Corpus Christi. A santa, desde a sua adolescência, tinha visões misteriosas relacionadas à instituição de uma festa para homenagear o Santíssimo Sacramento: em particular ela via uma lua cheia, que apresentava uma rachadura no disco. O Senhor revelou-lhe que a lua representava a Igreja do seu tempo e a rachadura a ausência de uma solenidade no ciclo litúrgico dedicada ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Santa Juliana contou as autoridades sobre a sua visão depois de 1230.

No Sínodo de 1246, Roberto de Thourotte, Bispo de Liégi, estabeleceu na sua diocese uma festa em homenagem ao Santíssimo Sacramento que foi celebrada pela primeira vez no dia 5 de junho de 1249.

Alguns anos depois da morte de Santa Juliana, a festa se difundiu no mundo católico graças ao Papa Urbano IV, que com a Bula Transiturus de hoc mundo (11 de agosto), estendeu a festa a toda a Igreja Universal.

Fonte: Os Milagres Eucarísticos no Mundo. Edições São Clemente
http://www.therealpresence.org/

Milagre Eucarístico de Lanciano - Itália, 750



Na Igreja de São Francisco, uma inscrição do século XVII, feita em mármore narra o Milagre Eucarístico ocorrido na cidade de Lanciano (750): “Um monge sacerdote duvidou que na Hóstia consagrada estivesse realmente presente o Corpo de Cristo e no Cálice, o seu Sangue. Celebrou a missa e depois de pronunciar as palavras da consagração, viu que a Hóstia tinha se transformado em Carne e o vinho em Sangue. Tudo isso foi mostrado ao povo. Até hoje a Carne está inteira e o Sangue, divido em cinco partes desiguais, possui o mesmo peso estando as partes unidas ou separadas.

Em 1970, o Arcebispo de Lanciano e o Provincial dos Frades Conventuais de Abruzzo, autorizados por Roma, pediram ao doutor Edoardo Linoli, diretor do hospital de Arezzo e professor de Anatomia, Histologia, Química e Microscopia Clínica, uma minuciosa análise científica das Relíquias de um Milagre de doze séculos atrás. No dia 4 de março de 1971, o professor apresentou um relatório detalhado dos estudos realizados. Eis as conclusões:

1. A “Carne milagrosa” é verdadeiramente carne do tecido muscular fibroso do miocárdio.
2. O “Sangue milagroso” é verdadeiro sangue, demostrado, com certeza absoluta, pela análise cromatográfica.
3. O estudo imunológico manifesta seguramente que a carne e o sangue são humanos e a prova imunológica revela com segurança que ambos pertencem ao grupo sangüíneo AB, o mesmo grupo do homem do Santo Sudário e característico das populações do Oriente Médio. Esta identidade do grupo sangüíneo indica ou que a Carne e o Sangue são da mesma pessoa ou que pertencem a dois indivíduos do mesmo grupo sangüíneo.
4. As proteínas contidas no Sangue estão normalmente distribuídas numa percentagem idêntica às de um sangue fresco normal.
5. Nenhuma sessão de histologia revelou traços de infiltrações de sais ou de conservantes utlizados nas antigas civilizações para mumificar corpos.
O professor Linoli descarta também a hipótese que alguém, no passado, quisesse realizar uma fraude. O seu relatório foi publicado nos “Quaderni Sclavo in Diagnostica (fasc. 3, Gráfica Meini, Sena, 1971) e causou um grande interesse no mundo científico.

Em 1973 o Conselho Superior da Organização Mundial da Saúde, organismo da ONU, nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do médico italiano. Os trabalhos duraram 15 meses e foram feitos 500 exames. Realizaram-se as mesmas pesquisas feitas pelo professor Linoli e outras complementares. Os exames confirmaram que os fragmentos retirados em Lanciano não são semelhantes a tecidos mumificados. A comissão declarou que a Carne é um tecido vivo porque responde a todas as reações clínicas próprias dos seres vivos. A Carne e o Sangue milagrosos de Lanciano têm as mesmas características de carne e sangue recém extraídos de um ser vivo. Esse relatório confirma as conclusões do professor Linoli. As conclusões do pequeno resumo dos trabalhos científicos da Comissão Médica da OMS e da ONU, publicado em dezembro de 1976 em Nova York e em Ginebra declaram que a ciência, consciente dos seus limites, não é capaz dar uma explicação natural ao fenômeno.

Fonte: Os Milagres Eucarísticos no Mundo. Edições São Clemente
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Milagre Eucarístico de Santarém - Portugal, 1247



O Milagre Eucarístico de Santarém é, com o de Lanciano, considerado um dos mais importantes. A Hóstia se transformou em Carne ensangüentada que espirrava Sangue. A Relíquia sofreu numerosos exames e investigações canônicas. As duas Relíquias (Carne e Sangue) estão conservadas até hoje em Santarém na igreja de Santo Estevão.

Os Papas Pio IV, San Pio V, Pio VI e Gregório XIV concederam Indulgência Plenária a quem visitasse as preciosas Relíquias do Milagre Eucarístico de Santarém que ainda hoje é possível ver na igreja de Santo Estevão.

Conforme a data registrada na cópia do Documento do ano de 1346, emanado pelo Rei Afonso IV; no dia 16 de Fevereiro de 1266 em Santarém, uma jovem que tinha muito ciúmes do marido procurou uma feiticeira que a ajudasse. A feiticeira sugeriu que ela fosse à igreja e roubasse uma Hóstia consagrada para fazer um feitiço de amor.

A jovem, então, roubou a Hóstia e escondeu-a num lenço de linho que imediatamente se manchou de Sangue. Aterrorizada, correu à casa para ver o que tinha acontecido e viu maravilhada que o Sangue saia da Hóstia. A mulher, atordoada, guardou a Partícula dentro de um móvel do seu quarto, mas de noite, um facho de luz saiu do móvel e tudo ficou iluminado como se fosse de dia; o marido vendo isso começou a perguntar à esposa o que estava acontecendo e ela se viu obrigada a contar tudo.

No dia seguinte, o casal informou tudo ao pároco e ele foi na casa deles para pegar a Hóstia e levá-la para a igreja de Santo Estevão. Organizou-se uma solene procissão conformada por muitos religiosos e leigos para acompanhar o regresso da Hóstia à igreja. A Hóstia sangrou durante três dias consecutivos e foi colocada num magnífico relicário feito com cera de abelhas.

No ano de 1340 verificou-se outro Milagre: quando um sacerdote abriu o Tabernáculo viu que o Copão de cera estava todo espedaçado e que um Copão de cristal tinha tomado o seu lugar. O Sangue estava ali dentro misturado com a cera.

Hoje, a Sagrada Hóstia está guardada num Trono Eucarístico do século XVIII sobre o Altar Maior. A igreja de Santo Estevão é atualmente conhecida como o Santuário do Santo Milagre. Em diversas ocasiões, no decorrer dos séculos, a Hóstia espirrou Sangue e nela apareceu a imagem de Nosso Senhor Jesus impressa; São Francisco Xavier, apóstolo da Índia, foi testemunha desse Prodígio quando visitou o Santuário antes partir em Missão.

Desde que ocorreu o Milagre, todos os anos, no segundo domingo de abril, a Relíquia sai em Procissão da antiga casa do casal até a igreja de Santo Estevão. Essa casa foi transformada em capela no ano de 1684.

Fonte: Os Milagres Eucarísticos no Mundo. Edições São Clemente
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Milagre Eucarístico de Roma - Itália, 595



Este milagre, cuja Relíquia está guardada até os dias de hoje em Andechs, Alemanha é confirmado por numerosos documentos. Aconteceu em Roma no ano de 595 durante uma Celebração Eucarística presidida pelo Papa São Gregório Magno. Uma nobre dama romana, assaltada pela dúvida sobre a presença real do Senhor no pão consagrado, deu uma gargalhada no momento em que ia receber a Comunhão. O Pontífice, perturbado, não permitiu que ela comungasse e nesse mesmo instante as espécies se transformaram em Carne e Sangue.

Entre as obras mais importantes que mencionam este milagre que aconteceu em Roma no ano de 595, está a Vita beati Gregorii Papae (787) de autoria do Diácono Paulo. Era costume naquele tempo que o pão utilizado para a Celebração Eucarística fosse preparado pelos próprios fiéis. O Papa São Gregório Magno foi testemunha direta deste Milagre. Quando o Papa celebrava a missa dominical na antiga igreja dedicada a São Pedro, no momento de dar a Comunhão, viu que uma das senhoras que havia preparado o pão estava na fila dando gargalhadas. O Pontífice perplexo, repreendeu-a duramente e perguntou porque ela se comportava daquele jeito. Ela se justificou dizendo que não conseguia acreditar que naquele pão que ela mesma tinha preparado estivesse o Corpo de Cristo. São Gregório, então, não permitiu que a mulher comungasse e implorou a Deus que a iluminasse. Assim que o Papa terminou de rezar, o pedaço de pão que a mulher preparou tinha se transformado em Carne e Sangue. A mulher arrependida, se ajoelhou e começou a chorar. Ainda hoje, uma parte da Relíquia está guardada em Andechs, Alemanha, no Mosteiro Beneditino local.

Fonte: Os Milagres Eucarísticos no Mundo. Edições São Clemente
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