Era dia 25 de março de 1814, solenidade da Anunciação e da Encarnação, na igreja de Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Sousa, no sertão do Rio do Peixe, na Paraíba, quando um feiticeiro negro aproximou-se da mesa de comunhão e, após receber a hóstia consagrada na língua, retirou-a com a mão e a escondeu nas dobras da camisa. Ao perceber quantos fiéis viam o que ele fizera, o feiticeiro desatou a correr, enquanto as pessoas gritavam de dentro da igreja: “Sacrilégio! Sacrilégio!”
A população correu atrás do homem, mas ele alcançou um matagal e desapareceu. Todos ficaram preocupados com a partícula consagrada e o seu destino, e muitos exclamavam: “Deus vai nos castigar!”
Dias depois, um velho pastor notou suas ovelhas executarem uma espécie de genuflexão ao redor de alguma coisa entre os juazeiros. Aproximando-se, viu uma hóstia pairando no ar sobre um capinzal. Ela encontrava-se perfeitamente branca, mesmo exposta ao calor, à poeira e às demais intempéries do tempo.
O pastor correu até o vigário da paróquia e relatou-lhe o ocorrido, pedindo-lhe para buscar a partícula.
Convocando todo o povo imediatamente para recolher a hóstia consagrada, o vigário a colocou em uma âmbula de ouro e organizou uma procissão para levá-la até a igreja Matriz.
Diz-se nos documentos antigos e contam os povos da região que neste dia os próprios cordeiros e ovelhas da região também dirigiram-se com a procissão ao pátio da igreja matriz, juntando ao som dos sinos o seu balido.
Fonte: Geraldo Martin, O milagre eucarístico de Sousa. http://www.universocatolico.com.br/index.php?/pdf/o-milagre-eucaristico-de-sousa.pdf
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