sábado, 23 de abril de 2011

Rubricas do Tríduo Pascal: Vigília Pascal


  • Esta noite deve se celebrar em honra do Senhor, e esta Vigília é a mãe de todas as Vigílias.
  • A Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do seu Senhor, e celebra-a com os Sacramentos da Iniciação Cristã.
  • A Vigília deve ser celebrada à noite: não deve iniciar antes do anoitecer e deve terminar antes de amanhecer.
Deve-se preparar:
  • O necessário para a celebração da missa ordinária
Para a benção do fogo:
  • Fogueira (em um lugar fora da igreja)
  • O círio pascal
  • Cinco cravos ou grãos de incenso
  • Utensílio para acender o círio (pode ser uma vela)
  • Lâmpada para iluminar os textos
  • Velas para os que participam da Vigília
  • Pinça para tirar brasas do fogo novo para o turíbulo
Para o precônio pascal:
  • Candelabro para o círio pascal, junto ao ambão
Para a liturgia batismal:
  • Recipiente com água (pode ser a própria pia batismal)
  • O que for necessário caso se administrem os sacramentos da iniciação (óleo dos catecúmenos, Santo Crisma, vela batismal, Rituais)
Observações:
  • As luzes da igreja devem estar apagadas
  • A fogueira deve ser realmente visível e iluminar
  • Paramentos de cor branca, com a maior solenidade
  • Não se leva cruz processional
  • As velas do altar permanecem apagadas até o canto do Glória

Benção do fogo e preparação do Círio Pascal

  • Na sacristia ou em outro lugar adequado, o celebrante, diácono e concelebrantes revestem-se de paramentos de cor branca para a Santa Missa.
  • O celebrante, acompanhado por seus auxiliares, dirige-se ao local onde o povo está reunido. À frente, vai um acólito ou ministro com o círio pascal.
    • Não se levam cruz processional ou velas acesas.
    • O turíbulo se leva sem brasas.
  • De pé, diante do povo, o celebrante dá início à celebração e explica com breves palavras o sentido desta celebração, usando as palavras do Missal ou outras semelhantes.
  • Em seguida, o celebrante benze o fogo, dizendo a oração com as mãos estendidas. Terminada a oração, acende o Círio Pascal com o fogo novo, sem dizer nada.
    • O turiferário retira brasas do fogo novo para acender o turíbulo.
  • Depois de benzido o fogo novo, o acólito leva o Círio Pascal ao celebrante que, de pé, grava uma cruz no próprio Círio, e outros símbolos, conforme descrito no Missal.
  • Depois de confeccionado o Círio, o celebrante põe incenso no turíbulo e, se houver diácono, este recebe o Círio Pascal, ou o mesmo é levado pelo próprio celebrante.
  • Organiza-se a procissão que entra na igreja:
    • À frente vai o turiferário, seguido pelo diácono ou pelo celebrante com o círio pascal, os demais assistentes e o povo.
    • À porta da igreja, o diácono para e ergue o Círio e entoa o canto “Eis a luz de Cristo”, e apenas o celebrante acende a sua vela no círio.
    • No meio da igreja, o diácono ou o celebrante canta uma segunda vez, e os fiéis acendem suas velas no círio pascal, passando o lume de uns aos outros.
    • Ao chegar ao altar, o diácono ou o celebrante para e canta um terceira vez, voltado para o povo. Em seguida, coloca o Círio no candelabro para ele preparado, junto ao ambão.
    • Acendem-se as luzes todas da igreja
  • Chegado ao presbitério, o celebrante se dirige para a cadeira presidencial, entrega a sua vela acesa ao diácono e põe incenso no turíbulo, como para o Evangelho da Missa.
    • Se o diácono proclama o Precônio, pede e recebe a benção, conforme descrito no Missal.
  • O diácono ou o celebrante incensa o livro e o círio e canta o Precônio do ambão.
    • Se, por razões pastorais, um cantor proclamar o Precônio pascal, o sacerdote incenso o livro e o círio. O cantor deve omitir a parte das palavras “E vós, que estais aqui” até o fim do convite e a saudação “O Senhor esteja convosco”.

Liturgia da Palavra

  • Terminado o Precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se.
  • Antes das leituras iniciarem-se, o celebrante ou o diácono faz breve monição, com as palavras que vêm no Missal ou outras semelhantes.
  • São propostas nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho).
    • Por razões pastorais, podem-se reduzir o número de leituras do Antigo Testamento, de modo a que sejam no mínimo quatro e não se omita a leitura do capítulo 14 do Êxodo.
  • Após cada leitura, segue-se o seu salmo e a oração do “Oremos”, a qual deve ser feita sempre de pé.
  • Após a última leitura do Antigo Testamento, com seu responsório e oração, entoa-se solenemente o hino “Glória a Deus nas alturas”, enquanto se acende as velas do altar e se tocam os sinos.
  • Após o Glória, reza-se a oração coleta e se proclama a leitura da Epístola, enquanto todos se sentam.
  • Terminada a epístola, o diácono ou um leitor pode dirigir-se ao celebrante e dizer-lhe: “Reverendo Padre, eu vos anuncio uma grande alegria: o Aleluia”. Após este anúncio, ou mesmo sem ele, todos se levantam. O celebrante entoa solenemente o aleluia, por três vezes, subindo gradualmente de tom, e o povo repete-o no mesmo tom.
  • O salmista ou cantor recita o salmo, e o povo responde com aleluias.
  • O celebrante põe incenso no turíbulo e dá a benção ao diácono, como de costume.
  • Não se levam velas para a proclamação do Evangelho.
  • Após o Evangelho, faz-se a homilia.

Liturgia Batismal

  • A Liturgia Batismal pode se efetuar no próprio batistério, caso o mesmo seja visível aos fiéis. Caso contrário, coloque-se o recipiente com água no próprio presbitério.
  • Se houver batismo, faz-se a chamada e a apresentação dos catecúmenos, apresentados pelos padrinhos, caso sejam crianças.
  • O celebrante faz a exortação ao povo, conforme haja ou não batismo.
  • Entoa-se em seguida a ladainha.
    • Se a distância ao batistério é grande, a ladainha se canta durante a procissão, a qual é precedida pelo Círio pascal, seguido pelos catecúmenos com seus padrinhos e pelos celebrante e seus auxiliares.
    • Se não houver batismo nem benção da água batismal, omite-se a ladainha e procede-se à benção da água.
    • A ladainha se faz de pé, por ser tempo pascal.
  • Terminada a ladainha, se houver batismo, o celebrante, de mãos unidas, diz a oração indicada no Missal.
    • Caso não haja batismo, segue diretamente à benção da água batismal.
  • Durante a benção da água batismal, no momento indicado, se for oportuno, o celebrante imerge o círio uma ou três vezes na água, conforme indicado no missal.
  • Se houver batismo, segue-se a renúncia ao demônio, a profissão de fé e o Batismo.
  • Se não houver batismo ou mesmo após este, o celebrante recebe abençoa a água para aspersão dos fiéis e recebe a renovação das promessas batismais dos fiéis, que se conservam de pé, com as velas acesas nas mãos.
  • Terminada a renovação das promessas batismais, o celebrante asperge o povo com a água benta.
    • Se houver neófitos (batizados), estes são conduzidos para tomar seu lugar entre o povo.
    • Se a benção da água batismal tiver sido feita fora do batistério, o diácono e alguns assistentes a conduzem à pia batismal.
  • Após a aspersão dos fiéis, omite-se o Credo, e o celebrante prossegue com a Oração Universal.

Liturgia Eucarística

  • Segue-se a Liturgia Eucarística, como no Ordinário.
  • Podem se fazer menção dos batizados segundo as fórmulas do Missal e do Ritual.
  • Antes da Comunhão, pode se fazer breve monição aos que receberão a Iniciação.

Ritos finais

  • À fórmula habitual de despedida dos fiéis (“Ide em paz”), acrescenta-se um duplo Aleluia, e o mesmo fazem os fiéis na resposta.
  • O Tríduo Pascal encerra-se nas Segundas Vésperas do Domingo da Páscoa.

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