Vocações: Vocação Leiga e Matrimonial

O leigo

São chamados leigos todos os fiéis cristãos batizados e incorporados a Cristo pelo Batismo e que não pertencem ao clero (bispos, padres e diáconos) nem ao estado religioso.

Os leigos têm a missão, não inferior à dos sacerdotes e dos religiosos, de procurar o Reino de Deus em suas funções temporais (trabalho, estudo, lazer, na vida familiar etc.) e de ordená-las a Deus. Têm eles a função de levar Cristo ao mundo, em todos os espaços onde o sacerdote e os religiosos não podem se fazer presentes frequentemente, testemunhando a pertença a Cristo nas diversas maneiras e situações da vida.

Os leigos não apenas pertencem à Igreja, mas também são Igreja, isto é, compõem a comunidade dos fiéis sob direção do Papa e dos bispos em comunhão com ele.

Vocação Matrimonial

Todos os cristãos são convidados a viver a castidade, mas cada um segundo o seu estado de vida. Um sacerdote e um religioso vivem a castidade de maneira diferente de um jovem solteiro, que por sua vez vive de maneira bem diferente de um casado.

A grande maioria dos cristãos é chamada a viver a castidade na doação total a outra pessoa e na abertura à geração de novas vidas. É a vocação matrimonial.

Deus criou o homem e a mulher com uma dignidade igual como pessoas humanas, mas de tal maneira que um completasse ao outro como esposos. Deus os quis um para o outro, uma comunhão entre duas pessoas, para formarem uma só carne (Gn 2,24).

O Matrimônio ocorre entre um homem e uma mulher batizados e livres para contrair o Matrimônio e que nele consentem livremente. O Matrimônio é indissolúvel e é um compromisso que se assume livremente e por toda a vida: por isso, os noivos devem ser preparados para assumi-lo.

O Matrimônio busca a felicidade do casal que se une e a educação dos filhos provenientes desta união.

Através do Matrimônio, Deus abençoa também a família, apontada como célula da sociedade e uma imagem e prefigura da Santíssima Trindade na terra. O próprio Jesus fez parte de uma família na terra.

Os casados testemunham, com sua vida, o amor de Cristo pela sua Igreja, a “Esposa do Cordeiro”. São convidados a edificar, em seu lar, a “Igreja doméstica”, primeira comunidade de graça e de oração, onde os filhos aprendem as suas primeiras orações, as virtudes humanas e a caridade cristã.