sábado, 4 de agosto de 2012

Vocações: vocação sacerdotal


O cristão é chamado a assumir a sua missão dentro da Igreja. Para isso, há três tipos de vocações, das quais duas exigem uma especial consagração a Deus: a vocação sacerdotal e a vocação religiosa. Há também a vocação do leigo, que é chamado a ser outro Cristo presente no mundo nas diversas situações do dia-a-dia.

Quem é o Padre?
O que aconteceria se não houvesse padre em nossa paróquia? Não teríamos a santa Missa nem a Eucaristia. Não haveria ninguém para atender as Confissões e absolver os pecados, os enfermos não teriam a Unção dos Enfermos. Logo, a própria vida paroquial se tornaria muito mais difícil.

O padre é chamado a presidir os Sacramentos. É ele quem oferece o sacrifício da Santa Missa em nome de Cristo, absolve os pecados, dá a unção aos doentes, faz os batizados, assiste aos casamentos, aconselha, prega, orienta, corrige e ensina, faz muitas coisas mais.

Só que o padre é muito mais que isso.
Quando ele celebra a Santa Missa, ele não diz: “isso é o Corpo de Jesus que será entregue por vós”, ou “isto é o sangue de Jesus que será derramado por vós”; mas diz: “isto é o meu Corpo” e “isto é o meu Sangue”. Ora, não foi o padre quem morreu na Cruz por todos nós, mas foi Jesus; mas é no padre que Jesus se faz presente e celebra para nós a Santa Missa, de modo que quem celebra não é apenas o celebrante, mas o próprio Jesus. O padre é, então, Jesus presente na terra, e é em nome dele que ele age.

Vocação do padre
O sacerdócio foi instituído pelo próprio Jesus. Ele é o Sacerdote por excelência, como fala a Carta aos Hebreus. Os primeiros padres que Ele chamou foram os Apóstolos, a quem mandou continuar sua missão.

Sua vocação é pastorear a comunidade, ou seja, conhecer profundamente as pessoas e dar sua vida por elas. A razão de ser do pastor é o rebanho, para o qual ele existe e é destinado. Pastorear é o ofício do padre.

Faz parte da vocação e da missão do padre sua disponibilidade para estar totalmente a serviço do povo de Deus. E é para estar plenamente disponível que o padre não constitui uma família, mas adere à vida celibatária.

É dever do padre anunciar a Palavra de Deus e explicá-la aos fiéis, fazendo-a chegar a todos os homens de boa vontade. O padre é, por excelência, o ministro dos sacramentos. Só ele pode celebrar a Eucaristia, oferecendo o Sacrifício de Cristo pelo rebanho que lhe é confiado.

O Padre Diocesano
Os padres diocesanos (são padres ligados diretamente ao bispo e que não pertencem a nenhuma Congregação ou Ordem religiosa) normalmente assumem uma comunidade paroquial, como párocos ou administradores paroquiais, ou são nomeados assistentes de outros padres, como vigários.

O padre diocesano não faz os votos de pobreza, castidade e obediência, mas promete ao bispo obedecê-lo, viver o celibato e viver a pobreza. Isso quer dizer que o sacerdote diocesano pode ter bens, mas deve viver na simplicidade e no desapego, sem luxos excessivos e sem apego aos bens materiais.

Como se tornar padre?
Um rapaz que sente inclinação a ser padre deve, primeiramente, procurar o padre de sua paróquia e rezar a Deus, pedindo o discernimento para sua vocação.

Após um acompanhamento do pároco, ele poderá orientá-lo aos encontros vocacionais, onde irá estudar sobre sua vocação e receber orientações. Após este acompanhamento vocacional, esse jovem poderá ser encaminhado ao Seminário Menor, onde estudam aqueles que não concluíram o Ensino Médio, ou para o Seminário Propedêutico, para os que já terminaram o Terceiro Ano. Depois, ele pode ser aceito ao Seminário Maior, onde fará as faculdades de Filosofia e Teologia. Após seis ou sete anos de estudo e de discernimento, a sua vocação pode ser reconhecida pela Igreja e ele será ordenado diácono. Após um período de seis meses a um ano como diácono, ele pode ser finalmente ordenado sacerdote.

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