quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Santo Antônio de Santana Galvão

Antonio Galvão era o quarto filho de Antônio Galvão de França, capitão-mor da freguesia de Santo Antônio de Guarantiguetá, comerciante e membro da Ordem Terceira de São Francisco; e de Isabel Leite de Barros, conhecida por sua generosidade. Nasceu no ano de 1739 (não se sabe ao certo o dia), aproximadamente vinte e dois anos após a imagem de Nossa Senhora Aparecida ser encontrada no rio Paraíba, próximo a Guaratinguetá.

Com treze anos de idade, ingressou no seminário jesuíta de Cachoeira, Bahia, onde inclusive já se encontrava um de seus irmãos. Em 1755, falece sua mãe. No ano seguinte, devido à perseguição promovida pelo marquês de Pombal aos jesuítas, transfere-se, a conselho do pai, para o convento franciscano de Taubaté, apesar do desejo de se tornar padre daquela congregação.

Com vinte e um anos de idade, decide-se a ingressar na Ordem de são Francisco e torna-se noviço, adotando o nome de Antônio Santana, em homenagem à mãe de Nossa Senhora. Em 1761, com vinte e dois anos de idade, faz a profissão solene dos votos, durante a qual fez também o voto de defender a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, uma verdade de fé rejeitada por muitos ainda naquela época, e que só seria declarada como dogma em 1854.

Em 11 de julho de 1762, com vinte e três anos de idade, frei Antônio Galvão foi ordenado sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco na cidade de São Paulo, a fim de continuar seus estudos. Durante a viagem para São Paulo, passou em Guaratinguetá para celebrar sua primeira missa, realizada na Matriz de Santo Antônio, mesma igreja de seu batismo. Em 1768, com vinte e nove anos, foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento, considerado um cargo importante naquela época. Destacou-se de tal forma pela sua vida piedosa e pela sua dedicação ao ponto de a Câmara Municipal lhe considerar o "novo esplendor do Convento".

Com trinta e um anos, foi convidado para fazer parte da Academia Paulistana de Letras. Na segunda sessão literária, realizada em março de 1770, declamou com sucesso, em latim, dezesseis peças de sua autoria, todas dedicadas a Santa Ana.

De 1769 a 1770, atuou como confessor no Recolhimento de Santa Teresa, casa que abrigava devotas de Teresa de Ávila na cidade de São Paulo, onde vivia a irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente, a qual afirmava ter visões onde Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento. Como era seu confessor, frei Galvão estudou as mensagens e se consultou com os outros religiosos, e as reconheceram como válidas e sobrenaturais. Por isso, ele ajudou a criar o novo Recolhimento, chamado Nossa Senhora da Luz, fundado em 2 de fevereiro de 1774, festa da Apresentação do Senhor, em São Paulo. Era baseado na Ordem da Imaculada Conceição, e se tornou um lar para meninas desejosas de viver uma vida religiosa sem fazer votos. Com a morte repentina da irmã Helena em 23 de fevereiro de 1775, tornou-se o novo superior do instituto. Tinha ele trinta e seis anos de idade.

Naquela altura, já tinha fama de santidade e de ser capaz de milagres, gerando uma grande procura pelos doentes. Sem condições de visitar um enfermo, escreveu num pedaço de papel uma frase do Ofício de Nossa Senhora: Post partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis ("Após o parto, ó Virgem, inviolada permanecestes: rogai por nós, Santa Mãe de Deus"). Em seguida, enrolou o papel no formato de uma pílula e deu-o a uma jovem cujas fortes cólicas renais estavam colocando sua vida em risco. Depois que ela tomou a pílula a dor cessou imediatamente e ela expeliu uma grande quantidade de cálculo renal. Em outra ocasião, um homem pediu-lhe ajuda para sua esposa, a qual passava por um parto difícil. O frei enviou-lhe as pílulas de papel, e a criança nasceu rapidamente, sem maiores complicações. A história das pílulas espalhou-se rapidamente e frei Galvão foi obrigado a ensinar às irmãs do Recolhimento como fabricá-las, o que elas fazem até os dias de hoje. Elas são distribuídas gratuitamente para cerca de 300 fiéis diariamente.


Naquela época, uma mudança no governo da província de São Paulo trouxe um líder inflexível , e este ordenou o fechamento do convento. Frei Galvão aceitou a decisão, mas as freiras se recusaram a abandonar o local, e devido à pressão popular e aos esforços do bispo, o convento foi logo reaberto. Posteriormente, com o crescente número de novas irmãs, a construção de mais espaço de convivência se tornou necessária. Frei Galvão demorou vinte e oito anos para construir um novo convento e uma igreja, sendo esta última inaugurada em 15 de agosto de 1802. Além das obras de construção e dos deveres dentro e fora de sua Ordem, ainda comprometeu-se também com a formação das irmãs. Os estatutos escritos por ele eram um guia para a vida interior e para a disciplina das religiosas.
Quando as coisas pareciam estar mais calmas, uma outra intervenção do governo trouxe uma nova provação para frei Galvão. O capitão-mor sentenciou um soldado à morte por ofender seu filho, e o sacerdote foi obrigado a se exilar por ter defendido o soldado. Mais uma vez, a pressão popular conseguiu revogar a ordem contra o padre.

Em 1781, frei Galvão foi nomeado mestre dos noviços em Macacu. Entretanto, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Como resultado, ele foi mandado de volta para São Paulo. Mais tarde, em 1798, foi nomeado guardião do Convento de São Francisco, sendo reeleito em 1801.

Em 1811, fundou o Convm a formação das irmãs. Os estatutos escritos por ele eram um guia para a vida interior e para a disciplina das religiosas.

Quando as coisas pareciam estar mais calmas, uma outra intervenção do governo trouxe uma nova provação para frei Galvão. O capitão-mor sentenciou um soldado à morte por ofender seu filho, e o sacerdote foi obrigado a se exilar por ter defendido o soldado. Mais uma vez, a pressão popular conseguiu revogar a ordem contra o padre.

Em 1781, frei Galvão foi nomeado mestre dos noviços em Macacu. Entretanto, as irmãs e o Bispo de São Paulo, Dom Manuel da Ressurreição, recorreram ao superior provincial, escrevendo-lhe que "nenhum dos habitantes desta cidade será capaz de suportar a ausência deste religioso por um único momento". Como resultado, ele foi mandado de volta para São Paulo. Mais tarde, em 1798, foi nomeado guardião do Convento de São Francisco, sendo reeleito em 1801.

Em 1811, fundou o Convento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses depois, retornou ao Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo. Em sua velhice, obteve permissão do bispo dom Mateus de Abreu Pereira para ficar no Recolhimento, onde faleceu em 23 de dezembro de 1822, com oitenta e três anos de idade.

Frei Galvão foi sepultado na igreja do Recolhimento Nossa Senhora da Luz, sendo o seu túmulo um destino de peregrinação dos fiéis que teriam obtido favores devido a sua intercessão. Na época de seu enterro, sua fama de santo já havia se espalhado por todo o Brasil, e os frequentadores de seu velório, desejosos em guardar uma relíquia sua, foram cortando pedacinhos de seu hábito, o qual foi reduzido até os joelhos. Como ele somente possuía aquele hábito, foi sepultado com um de outro frade, ficando igualmente curto (frei Galvão tinha aproximadamente 1,90 m de altura!). A primeira lápide do túmulo teria o mesmo destino de seu hábito, sendo pouco a pouco quebrada e levada pelos devotos, os quais colocavam as pedras nos copos com água para os doentes.

Frei Galvão foi beatificado em 25 de outubro de 1998, no Vaticano, pelo papa João Paulo II. Foi o primeiro bem-aventurado nascido no Brasil. Em 11 de maio de 20087, em visita do papa Bento XVI ao Brasil, foi canonizado em São Paulo.ento de Santa Clara em Sorocaba. Onze meses depois, retornou ao Convento de São Francisco, na cidade de São Paulo. Em sua velhice, obteve permissão do bispo dom Mateus de Abreu Pereira para ficar no Recolhimento, onde faleceu em 23 de dezembro de 1822, com oitenta e três anos de idade.

Frei Galvão foi sepultado na igreja do Recolhimento Nossa Senhora da Luz, sendo o seu túmulo um destino de peregrinação dos fiéis que teriam obtido favores devido a sua intercessão. Na época de seu enterro, sua fama de santo já havia se espalhado por todo o Brasil, e os frequentadores de seu velório, desejosos em guardar uma relíquia sua, foram cortando pedacinhos de seu hábito, o qual foi reduzido até os joelhos. Como ele somente possuía aquele hábito, foi sepultado com um de outro frade, ficando igualmente curto (frei Galvão tinha aproximadamente 1,90 m de altura!). A primeira lápide do túmulo teria o mesmo destino de seu hábito, sendo pouco a pouco quebrada e levada pelos devotos, os quais colocavam as pedras nos copos com água para os doentes.

Frei Galvão foi beatificado em 25 de outubro de 1998, no Vaticano, pelo papa João Paulo II. Foi o primeiro bem-aventurado nascido no Brasil. Em 11 de maio de 20087, em visita do papa Bento XVI ao Brasil, foi canonizado em São Paulo.

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